Guilherme Smaniotto Tres, Washington José de Sousa
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Abstract
Nosso objetivo é qualificar, a partir da obra do filósofo Byung-Chul Han, implicações da sociedade da positividade neoliberal à prática agroecológica, indicando desafios e impasses. Han entende que a subjetividade contemporânea é marcada pelo excesso de positividade e a sensação de que, em busca de desempenho máximo, o indivíduo tem o poder de poder. Atomizado, o indivíduo volta-se a si mesmo em um narcisismo exacerbado, fazendo com que o outro, e tudo aquilo que remete às coisas do mundo que geram atritos, o negativo, desapareçam. Apesar de os movimentos agroecológicos resistirem às formas hegemônicas que orientam a produção agrícola contemporânea, desde o uso da terra até a privatização da biodiversidade, estão eles igualmente submetidos à subjetividade neoliberal. Nesse quadro, argumentamos que o fazer agroecológico, baseado em sistemas de crenças, cultos, rituais locais e temporalidade peculiares, se inviabiliza e, desse modo, tendem à homogeneização.