{"title":"A sociedade de curral: desenvolvimento social pelas figurações sociais, pelo habitus e pela organização do estado no Norte de Minas","authors":"João Batista de Almeida Costa","doi":"10.32887/issn.2527-2551v16n2p.195-236","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O processo civilizador da sociedade norte mineira é abordado na leitura que construo, tendo a perspectiva teórico-metodológica de Norbert Elias como base para a leitura das redes de inter-relações organizadas por interdependências que no conjunto propiciam o caráter da formação social desta sociedade. O desenvolvimento social pode ser apreendido e compreendido em sua duração e nos ritmos da própria transformação de uma formação social. Para tanto, há duas vertentes que devem ser percorridas: por um lado, o pólo de organização em suas propriedades fundamentais e estruturais em que as posições e relações existentes são independentes dos indivíduos que as ocupam nas funções que se acham inseridos nas relações; por outro lado, o desenvolvimento do habitus, ou seja, saber social incorporado pelos indivíduos, que no equilíbrio entre mudanças e continuidades, dão o tom característico do processo civilizador que é intimamente vinculado ao processo de formação do Estado a que a sociedade foi submetida. A leitura construída focaliza na partida as figurações que articulavam indígenas entre si e com quilombolas, para, depois, realizar o percurso da Sociedade de Curral desde seus primórdios em meados dos anos 1660, até os anos 1970.","PeriodicalId":30176,"journal":{"name":"OPSIS Revista do Departamento de Historia e Ciencias Sociais","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"OPSIS Revista do Departamento de Historia e Ciencias Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32887/issn.2527-2551v16n2p.195-236","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O processo civilizador da sociedade norte mineira é abordado na leitura que construo, tendo a perspectiva teórico-metodológica de Norbert Elias como base para a leitura das redes de inter-relações organizadas por interdependências que no conjunto propiciam o caráter da formação social desta sociedade. O desenvolvimento social pode ser apreendido e compreendido em sua duração e nos ritmos da própria transformação de uma formação social. Para tanto, há duas vertentes que devem ser percorridas: por um lado, o pólo de organização em suas propriedades fundamentais e estruturais em que as posições e relações existentes são independentes dos indivíduos que as ocupam nas funções que se acham inseridos nas relações; por outro lado, o desenvolvimento do habitus, ou seja, saber social incorporado pelos indivíduos, que no equilíbrio entre mudanças e continuidades, dão o tom característico do processo civilizador que é intimamente vinculado ao processo de formação do Estado a que a sociedade foi submetida. A leitura construída focaliza na partida as figurações que articulavam indígenas entre si e com quilombolas, para, depois, realizar o percurso da Sociedade de Curral desde seus primórdios em meados dos anos 1660, até os anos 1970.