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Abstract
As Bibliotecas Públicas (BPs) são instituições com um enorme potencial de transformação social. É nessas instituições que o indivíduo pode desenvolver capacidades e habilidades para manipular e expandir o conhecimento por meio do acesso à informação, atividade fundamental para a formação do cidadão. No entanto, as BPs do Brasil possuem diferenças enormes devido à própria capilaridade geográfica brasileira, a gritante diferença trazida pela era digital, bem como a falta de políticas públicas efetivas, aumentam o hiato entre essas instituições com a realidade da comunidade em seu entorno. Esses distanciamentos colocaram as BPs como lugares esquecidos pela sociedade e negligenciados pelo poder público. Nesta perspectiva, o presente artigo teve como objetivo diagnosticar a situação atual das BPs brasileiras. A pesquisa teve caráter descritivo com abordagem quali-quantitativa a partir de aplicação de questionário em BPs. Os dados indicam que mais da metade (54%) dos responsáveis pela biblioteca não tem formação na área de Biblioteconomia, apesar de 92% dos respondentes terem formação superior. Quase metade (44%) das BPs contam com apenas um funcionário, impossibilitando o desenvolvimento de diversas atividades na unidade. Cerca de 70% das BPs funcionam apenas em horário comercial e 64% tiveram seu espaço adaptado para ser uma biblioteca. A análise apresentou dados, por vezes, aflitivos. É certo que essas instituições têm sido negligenciadas há tempos nas diferentes hierarquias administrativas em que estão inseridas. Para mudar esse panorama é preciso a implementação de ações em âmbito local e nacional, de forma a trazer as bibliotecas públicas brasileiras definitivamente ao século XXI.