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Abstract
Em virtude da naturalização do protagonismo da concepção de experiência na interpretação da dialética de Theodor Adorno, esse artigo pretende elucidar algumas linhas de deslocamento da categoria de experiência para a categoria de mediação, a partir da apropriação crítica desta categoria do pensamento de Hegel por Adorno; pois, uma vez que toda experiência é mediada, a mediação apresenta-se como condição para a efetivação da experiência e, por esta razão, a mediação se estabelece enquanto instância privilegiada no processo do conhecimento no âmbito da relação sujeito e objeto, haja vista que se define enquanto causa e condição para a organização da experiência. Fundamentalmente, a proposta é demonstrar que tanto a dialética hegeliana quanto a adorniana - não obstante suas idiossincrasias - têm na mediação seu aspecto motívico de determinação do subjetivo e do objetivo. Portanto, o conceito de mediação será apresentado como um componente transversal e de determinidade recíproca que, ao mesmo tempo que aproxima, distingue os aspectos relacionados, fazendo da dialética um procedimento, no âmbito do qual a mediação vem a ser condição e fundamento para o desenvolvimento e a determinação dos conceitos circunscritos em um dado contexto ou situação. Nesse sentido, a mediação despontará como o agente estruturador da experiência, fator que justificará sua prioridade em relação à experiência.