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Abstract
O objetivo do presente artigo é o de apresentar o tema do misticismo quântico, até então negligenciado pela maioria dos epistemólogos, como um assunto, ao mesmo tempo instigante, também desafiador. Quando as posições místicas nascem de interpretações científicas legítimas, portanto, conciliadoras com a ciência, a exemplo de muitos aspectos do antirrealismo de muitas interpretações ortodoxas da mecânica quântica, tratam-se tão somente de problemas epistêmicos para os quais reflexões e elucidações são exigidas, mas que não comprometem o poder preditivo e de aplicação da teoria. Por outro lado, quando tais posições passam a ser desafiadoras da ciência, aí temos um desafio que nos é imposto para o qual soluções são exigidas. É justamente esse momento que estamos vivenciando no interior da ciência física: um emaranhado de teorias místicas que sequer tangenciam as finalidades e identidade da teoria quântica se colocam como se fossem verdades. Cabe à própria teoria quântica, contudo, refletir sobre o seu percentual de comprometimento com esse estado de coisas, visto de sua conformidade histórica com atitudes de indeterminação, incerteza, descontinuidade e falta de nexo causal.