{"title":"Herança ibérica, preservacionismo e regionalidade como crítica à modernidade burguesa em Nordeste (1937), de Gilberto Freyre","authors":"Alberto Luiz Schneider","doi":"10.22456/1983-201x.112035","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo discute \"Nordeste\", livro que Gilberto Freyre publicou em 1937 na Coleção Documentos Brasileiros, coordenada por ele próprio na Editora José Olympio. O objetivo é compreender a referida obra, articulada à produção intelectual do sociólogo pernambucano no período. A partir do texto freyreano, pretende-se evidenciar como a herança ibérica e a regionalidade conduzem o autor a uma interpretação do preservacionismo das formas antigas de vida, cultura e sociedade, inclusive em relação ao meio ambiente. Freyre coloca-se na defesa da legitimidade histórica da cultura ibérica, já transformada nas condições do Nordeste açucareiro, marcado pelo escravismo e pela monocultura, cuja existência o autor via ameaçada sob a força desagregadora da modernidade industrial que emanaria do Ocidente protestante e capitalista.","PeriodicalId":41524,"journal":{"name":"Anos 90","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anos 90","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1983-201x.112035","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo discute "Nordeste", livro que Gilberto Freyre publicou em 1937 na Coleção Documentos Brasileiros, coordenada por ele próprio na Editora José Olympio. O objetivo é compreender a referida obra, articulada à produção intelectual do sociólogo pernambucano no período. A partir do texto freyreano, pretende-se evidenciar como a herança ibérica e a regionalidade conduzem o autor a uma interpretação do preservacionismo das formas antigas de vida, cultura e sociedade, inclusive em relação ao meio ambiente. Freyre coloca-se na defesa da legitimidade histórica da cultura ibérica, já transformada nas condições do Nordeste açucareiro, marcado pelo escravismo e pela monocultura, cuja existência o autor via ameaçada sob a força desagregadora da modernidade industrial que emanaria do Ocidente protestante e capitalista.