{"title":"JUDEUS DE TODOS OS TEMPOS OU AS AURÉLIAS, DE MARGUERITE DURAS","authors":"Isabela Bosi","doi":"10.22456/2238-8915.116642","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, partimos de três textos homônimos de Marguerite Duras, intitulados Aurélia Steiner, de 1979, para refletir acerca dessa personagem múltipla que, para Duras, é como os judeus de todos os tempos. Aurélia pertence a lugares e tempos distintos, mas, em todos os textos, carrega uma memória fragmentada de um passado marcado pelo horror da Segunda Guerra. A partir de Gilles Deleuze, compreendemos essa escrita como um fragmento anônimo infinito em que Duras assume uma ruptura radical com a representação do horror pelo horror, propondo outros modos de narrar e de pensar sobre a guerra. Em diálogo com o pensamento de Deleuze e de Silvina Rodrigues Lopes, nosso objetivo é pensar acerca da multiplicidade de tempos e de sujeitos nos três Aurélia Steiner.","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Organon","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.116642","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo, partimos de três textos homônimos de Marguerite Duras, intitulados Aurélia Steiner, de 1979, para refletir acerca dessa personagem múltipla que, para Duras, é como os judeus de todos os tempos. Aurélia pertence a lugares e tempos distintos, mas, em todos os textos, carrega uma memória fragmentada de um passado marcado pelo horror da Segunda Guerra. A partir de Gilles Deleuze, compreendemos essa escrita como um fragmento anônimo infinito em que Duras assume uma ruptura radical com a representação do horror pelo horror, propondo outros modos de narrar e de pensar sobre a guerra. Em diálogo com o pensamento de Deleuze e de Silvina Rodrigues Lopes, nosso objetivo é pensar acerca da multiplicidade de tempos e de sujeitos nos três Aurélia Steiner.