Giovanna Barille, Danielli Souza Sant’Ana, Ingrid Soares Marques Segal, João Vitor Faleiros Barros, Lucas Rocha Dalto, Giulia Bravim Gonçalves, Evelly Dias Pires, Tania Reuter
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Abstract
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi responsável por cerca de 650.000 mortes no mundo, representando ainda uma doença de impacto mundial. Objetivo: Descrever perfil epidemiológico de pacientes infectados por HIV na era pós HAART acompanhados em centro especializado para tratamento de PVHIV (SAE-HUCAM). Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, com análise de prontuários no SAE-HUCAM, entre janeiro de 2019 a setembro de 2022. Resultados: Dos 171 pacientes, 126 eram homens e 45 mulheres (razão para sexo de 2,8), sendo a média de idade para ambos, 43 anos. Cor parda, 8-12 anos de estudo (45,6%), heterossexuais (35,7%) e residência em área urbana (49,1%) predominou na população. Cerca de 43,3% possuíam comorbidades, sendo mais prevalente, cardiovasculares (50%). 58,5% procediam da enfermaria de infectologia. Apenas 36,8% possuíam abandono de tratamento. 77,8% descobriram HIV após 2017. Contagem de CD4 foi baixa tanto naqueles com diagnóstico recente (média de 274 cels/mm3), como em abandono de tratamento (média de 205 cels/mm3). Em relação aos linfócitos T CD4 o estudo evidenciou que 45% dos pacientes apresentavam valores acima de 500 cels/mm3, 36,8% apresentavam infecções oportunistas, destacando-se isoladamente, Candida spp. (18,6%). Conclusão: Evidencia-se que apesar da oferta ampla e irrestrita da terapia HAART, nossa população apresenta perfil epidemiológico diferente das PVHIV atualmente no Brasil. A infecção pelo HIV ainda se apresenta de forma tardia, com infecções oportunistas, sem distinção entre sexo, faixa etária acima de 40 anos, em heterossexuais residentes em regiões urbanas.