Indígenas, caboclos e africanos: as periferias e o imaginário da independência do Brasil

Abstract

A independência do Brasil foi um movimento conservador que não garantiu direitos e cidadanias para os indígenas, caboclos e africanos que já formavam a maioria da população brasileira. Neste artigo, analisamos o processo de formação do imaginário da independência do Brasil nas periferias da sociedade brasileira. A inserção de caboclos, indígenas e africanos nas imagens representativas da independência do Brasil é fundamental para que as classes populares, na maioria das vezes concentradas nas periferias das grandes cidades, tenham sentido de pertencimento nos quadros políticos e sociais da nação brasileira, elaborando sentido popular orgânico para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil.