{"title":"O elemento da vontade nos fenômenos complexos","authors":"Silvério Becker","doi":"10.36517/argumentos.28.11","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente texto é a tradução do décimo segundo capítulo da obra Doctrine of the Will (Doutrina da Vontade), de Asa Mahan (1799-1889), publicado originalmente em 1845. Nele, Mahan defende que, embora a Inteligência e a Sensibilidade dos agentes morais sejam, em si mesmas, destituídas de liberdade, e por conseguinte, de moralidade, a Vontade possui um controle indireto sobre essas faculdades na vasta medida em que elas apresentam objetos para sua ação em diferentes direções. Assim, quando influenciados pela Vontade – seja direta ou indiretamente - os fenômenos das outras faculdades da mente constituem fenômenos complexos da mente humana, e possuem caráter moral. Segundo Mahan, as ações externas, assim como os estados da Inteligência e da Sensibilidade, quando são requeridos ou proibidos pela lei moral, ou pela Revelação, são requeridos ou proibidos por serem o resultado natural e necessário de intenções corretas ou erradas. Nesses casos, os requerimentos e as proibições se referem às causas desses atos ou estados, ou seja, à ação da Vontade da qual eles resultam necessariamente. Na apresentação de suas proposições, Mahan usa argumentos relacionados à ação da Vontade em direção às propensões naturais, como emoções desejos e anelos; e às afeições religiosas, como o arrependimento, o amor e a fé. Ele também defende que as afeiçoes religiosas requeridas pela lei moral são atos voluntários da mente e não meros estados da sensibilidade ou meras convicções da Inteligência.","PeriodicalId":43087,"journal":{"name":"Argumentos-Revista de Filosofia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Argumentos-Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36517/argumentos.28.11","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"PHILOSOPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente texto é a tradução do décimo segundo capítulo da obra Doctrine of the Will (Doutrina da Vontade), de Asa Mahan (1799-1889), publicado originalmente em 1845. Nele, Mahan defende que, embora a Inteligência e a Sensibilidade dos agentes morais sejam, em si mesmas, destituídas de liberdade, e por conseguinte, de moralidade, a Vontade possui um controle indireto sobre essas faculdades na vasta medida em que elas apresentam objetos para sua ação em diferentes direções. Assim, quando influenciados pela Vontade – seja direta ou indiretamente - os fenômenos das outras faculdades da mente constituem fenômenos complexos da mente humana, e possuem caráter moral. Segundo Mahan, as ações externas, assim como os estados da Inteligência e da Sensibilidade, quando são requeridos ou proibidos pela lei moral, ou pela Revelação, são requeridos ou proibidos por serem o resultado natural e necessário de intenções corretas ou erradas. Nesses casos, os requerimentos e as proibições se referem às causas desses atos ou estados, ou seja, à ação da Vontade da qual eles resultam necessariamente. Na apresentação de suas proposições, Mahan usa argumentos relacionados à ação da Vontade em direção às propensões naturais, como emoções desejos e anelos; e às afeições religiosas, como o arrependimento, o amor e a fé. Ele também defende que as afeiçoes religiosas requeridas pela lei moral são atos voluntários da mente e não meros estados da sensibilidade ou meras convicções da Inteligência.