Marcos Nicolau Santos da Silva, Rosimary Gomes Rocha, Luciano Rocha da Penha
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Abstract
Este artigo objetiva analisar teoricamente o que convencionalmente configurou-se como território(s) da educação do campo, intentando ampliar o debate sobre esta temática quando considera que há uma conflitualidade no campo brasileiro entre o território do campesinato e o do agronegócio. Além disso, as experiências de educação do campo revelam um território educativo como dimensão prática da aprendizagem territorial, fruto da participação dos povos e movimentos do campo. Embora este trabalho esteja centrado no debate teórico e na revisão bibliográfica, foi realizada a pesquisa documental em sítios eletrônicos do INCRA, IBGE e Censo Escolar/INEP, a fim de correlacionar dados educacionais e de assentamentos rurais do município de Grajaú à luz da análise qualitativa e apresentação de algumas incursões de pesquisa de campo nas escolas do município em tela. Persiste a necessidade de coibir o fechamento de escolas do campo em Grajaú e, por extensão, nos municípios do Sul do Maranhão nos quais avança o agronegócio, bem como a superação da precarização de escolas e territórios rurais. Consequentemente, também é necessária a separação da educação dos vínculos políticos, que a colocam como moeda de troca para alocação de empregos oriundos de apoio político após eleições municipais e/ou estaduais.