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Abstract
A pandemia de COVID-19 trouxe diferentes atravessamentos para as áreas de gestão cultural – abrangendo artistas, produtores, instituições culturais e museais. Dos desafios refletidos acerca das demandas por isolamento e distanciamento social por parte da pandemia, surgiram diferentes práticas vinculadas ao universo digital. Utilizando a metodologia de netnografia digital, de Kozinets (2014), este artigo investiga aspectos respectivos à natureza das apropriações digitais empreendidas pelas diferentes instituições museais referentes à produção e compartilhamento das memórias da pandemia, tendo foco nas ações digitais das instituições participantes do evento 14ª Primavera dos Museus: Mundo Digital em Transformação, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), em 21 a 27 de setembro de 2020. Da programação da 14ª Primavera dos Museus foram encontradas 56 instituições participantes que fizeram referência direta à pandemia (46 à palavra pandemia e 10 à palavra COVID-19), das quais surgiram os resultados brevemente contextualizados nesse artigo. Nas discussões relacionadas às intersecções dos museus com a comunicação digital, surgem possibilidades de reflexão do papel significativo dos públicos em relação aos museus, e, principalmente, acerca do papel relacionado à participação social, à colaboração e à coocriação; abrangendo novas formas de pensar tanto dos museus quanto em relação às possíveis interações que se possa vivenciar a partir desse processo. É nos processos em transformação, que tais questões se presentificam, em uma dialética instaurada pelo próprio devir; pelos processos desencadeados em vista do imbricamento de espaços e tempos, de modos de ser e viver, cada vez mais intensificados pelos meios digitais.