{"title":"O ensino da geometria nos primeiros anos (1965-1974) em Portugal: diálogo entre os programas e os materiais de formação dos professores","authors":"M. Almeida, Rui Candeias","doi":"10.5007/2175-795x.2022.e84077","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pretende aprofundar o conhecimento sobre o ensino da Matemática nos primeiros anos de escolaridade, estabelecendo um diálogo entre as propostas curriculares obrigatórias para o ensino da Geometria e as indicações didáticas transmitidas aos professores através de manuais de didática e de orientações para o ensino. Analisámos por um lado, os programas portugueses obrigatórios para a Matemática do ensino primário e para a Telescola, procurando conhecer os conteúdos, as orientações e os materiais didáticos relativos à Geometria referidos nesses documentos. Por outro lado, olhámos para os materiais da formação de professores do ensino primário e para as orientações para o ensino da Matemática na Telescola, em busca das indicações didáticas aí preconizadas para o ensino da Geometria. O período escolhido insere-se numa época em que circulavam internacionalmente ideias de renovação do ensino da matemática, o Movimento da Matemática Moderna, pelo que também procurámos a influência deste movimento nos materiais analisados. O estudo é baseado numa análise documental, de natureza descritiva e interpretativa, com uma perspetiva histórica. As fontes utilizadas englobam os programas em vigor na época e os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, que contêm indicações didáticas. De uma forma geral, os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, centram-se na componente pedagógica e seguem as indicações dos documentos curriculares oficiais na abordagem proposta. A análise evidenciou uma preocupação em adequar o ensino de geometria à faixa etária dos alunos favorecendo uma abordagem simultaneamente utilitária, formativa, intuitiva e ativa.","PeriodicalId":40693,"journal":{"name":"Perspectiva Geografica","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectiva Geografica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-795x.2022.e84077","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo pretende aprofundar o conhecimento sobre o ensino da Matemática nos primeiros anos de escolaridade, estabelecendo um diálogo entre as propostas curriculares obrigatórias para o ensino da Geometria e as indicações didáticas transmitidas aos professores através de manuais de didática e de orientações para o ensino. Analisámos por um lado, os programas portugueses obrigatórios para a Matemática do ensino primário e para a Telescola, procurando conhecer os conteúdos, as orientações e os materiais didáticos relativos à Geometria referidos nesses documentos. Por outro lado, olhámos para os materiais da formação de professores do ensino primário e para as orientações para o ensino da Matemática na Telescola, em busca das indicações didáticas aí preconizadas para o ensino da Geometria. O período escolhido insere-se numa época em que circulavam internacionalmente ideias de renovação do ensino da matemática, o Movimento da Matemática Moderna, pelo que também procurámos a influência deste movimento nos materiais analisados. O estudo é baseado numa análise documental, de natureza descritiva e interpretativa, com uma perspetiva histórica. As fontes utilizadas englobam os programas em vigor na época e os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, que contêm indicações didáticas. De uma forma geral, os materiais produzidos especificamente para professores, ou para futuros professores, centram-se na componente pedagógica e seguem as indicações dos documentos curriculares oficiais na abordagem proposta. A análise evidenciou uma preocupação em adequar o ensino de geometria à faixa etária dos alunos favorecendo uma abordagem simultaneamente utilitária, formativa, intuitiva e ativa.