{"title":"Fatores que Impactam a Decisão de Realizar Ventriculografia Esquerda em Doença Arterial Coronariana","authors":"Gilson Soares Feitosa-Filho","doi":"10.35753/rchsi.v6i4.378","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Fundamento: A ventriculografia esquerda é um método invasivo para avaliar a função sistólica do ventrículo esquerdo. Depois do advento de métodos não invasivos, o seu uso tem sido questionado por resultar em algum risco para o paciente. Objetivo: Avaliar quais fatores associam-se independentemente com a decisão de realizar ventriculografia em pacientes com doença arterial coronariana. Métodos: Tratou-se de um estudo analítico, retrospectivo, avaliando prontuários eletrônicos e banco de dados e comparando 21 variáveis de interesse pré-definidas entre pacientes submetidos a cineangiocoronariografia. Foi considerado significante p < 0,05. Resultados: Avaliamos 600 pacientes consecutivos, e a ventriculografia esquerda foi realizada na maioria dos pacientes submetidos a uma cineangiocoronariografia (54%). Depois da análise multivariada, os pacientes com síndromes coronarianas crônicas (odds ratio [OR] 1,72; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 1,20–2,46; p < 0,01) tiveram maior chance de serem submetidos ao procedimento. Os pacientes com função ventricular conhecida (OR = 0,58; IC 95%: 0,40–0,85; p < 0,01), os revascularizados (OR 0,31; IC 95% 0,14–0,69; p < 0,01), os hipertensos (OR 0,58; IC 95%: 0,36–0,94; p = 0,02) e aqueles com maiores valores de creatinina (OR 0,42; IC 95% 0,26–0,69; p < 0,01) tiveram maior chance de não realizar ventriculografia. Conclusões: Nos pacientes submetidos a cineangiocoronariografia, o diagnóstico de síndrome coronariana crônica associou-se de modo independente com uma maior realização da técnica, enquanto ter a função ventricular previamente conhecida, ser hipertenso, ter sido submetido a revascularização cirúrgica prévia e ter valores de creatinina mais elevados associaram-se a uma maior chance de não realizar o método.","PeriodicalId":21559,"journal":{"name":"Revista Científica Hospital Santa Izabel","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Científica Hospital Santa Izabel","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35753/rchsi.v6i4.378","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Fundamento: A ventriculografia esquerda é um método invasivo para avaliar a função sistólica do ventrículo esquerdo. Depois do advento de métodos não invasivos, o seu uso tem sido questionado por resultar em algum risco para o paciente. Objetivo: Avaliar quais fatores associam-se independentemente com a decisão de realizar ventriculografia em pacientes com doença arterial coronariana. Métodos: Tratou-se de um estudo analítico, retrospectivo, avaliando prontuários eletrônicos e banco de dados e comparando 21 variáveis de interesse pré-definidas entre pacientes submetidos a cineangiocoronariografia. Foi considerado significante p < 0,05. Resultados: Avaliamos 600 pacientes consecutivos, e a ventriculografia esquerda foi realizada na maioria dos pacientes submetidos a uma cineangiocoronariografia (54%). Depois da análise multivariada, os pacientes com síndromes coronarianas crônicas (odds ratio [OR] 1,72; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 1,20–2,46; p < 0,01) tiveram maior chance de serem submetidos ao procedimento. Os pacientes com função ventricular conhecida (OR = 0,58; IC 95%: 0,40–0,85; p < 0,01), os revascularizados (OR 0,31; IC 95% 0,14–0,69; p < 0,01), os hipertensos (OR 0,58; IC 95%: 0,36–0,94; p = 0,02) e aqueles com maiores valores de creatinina (OR 0,42; IC 95% 0,26–0,69; p < 0,01) tiveram maior chance de não realizar ventriculografia. Conclusões: Nos pacientes submetidos a cineangiocoronariografia, o diagnóstico de síndrome coronariana crônica associou-se de modo independente com uma maior realização da técnica, enquanto ter a função ventricular previamente conhecida, ser hipertenso, ter sido submetido a revascularização cirúrgica prévia e ter valores de creatinina mais elevados associaram-se a uma maior chance de não realizar o método.