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Abstract
O artigo trata da relação entre cultura, educação e informação no Brasil, recuperando alguns eixos discursivos sobre esses conceitos, formulados desde o final do século XIX e ao longo do século XX. Retoma discursos que relacionaram a cultura, no final do século XIX, à identidade nacional e ao nacional e popular. A partir dos anos 1920 as tentativas de descoberta do Brasil se orientaram para uma definição discursiva do caráter nacional brasileiro e por um projeto cultural amplo rumo à modernidade no país. Nos anos 1940 e 1950 os discursos referidos à modernização do país adquirem instrumental científico e feição pragmática com a aproximação das ideias de cultura e educação. No início dos anos 1960 elaboram-se contradiscursos nascidos dos movimentos culturais e educacionais para gerar conscientização e mobilização dos grupos populares. Com o golpe militar de 1964 e o regime autoritário que se seguiu, cultura e educação terão tratamentos políticos e técnicos diferenciados, formando esferas próprias e específicas sujeitas às políticas estatais. Ao mesmo tempo, era o momento da formulação de políticas de modernização econômica e da conformação de um mercado de bens culturais promovido pela indústria cultural que se implantava no país. Começava a se delinear uma cultura informacional de extensão mundializada.
Palavras-chave: cultura e educação. cultura brasileira. cultura de massa. cultura informacional.