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Abstract
Acreditamos, assim como Anthony Giddens (1991, 2010) e Ulrich Beck (1992), que a pós-modernidade cria um ambiente totalmente novo ao ser humano. Faz-se presente, nesse novo tipo de sociedade, riscos de tipo moderno. Estes são globalizados e produtos dos desenvolvimentos técnico-científicos e muitas vezes são produtores de desastres. Defendemos que, observando a forma como são relatados e registrados na história os fatos da vida de um cidadão comum atingido por uma catástrofe, analisamos formas de vida que foram alteradas profundamente pelo desenrolar de um risco criado pela modernidade. Usamos como objeto de nossa pesquisa os desastres de Chernobyl e Mariana. Buscamos, através das duas obras, compreender o valor que os relatos têm em registrar a vida dos indivíduos atingidos. Para tanto, traçamos um paralelo entre a série jornalística “Vozes de Mariana”, veiculada no Jornal Estado de Minas e o livro da autora bielorrussa, Svetlana Aleksiévitch, ganhadora do prêmio Nobel de literatura em 2015. Analisamos a partir dessa contraposição qual o valor dos relatos pessoais nas narrativas dominantes do mundo moderno bem como qual seu valor sociológico e historiográfico.