Isabela Corralo Ramos Etcheverria, M. Moretti, Caroline Hamati Rosa Batista, Pedro Borghesi Poltronieri, J. Ferreira, A. Chagas
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Abstract
Introdução: A avaliação pré-operatória fornece dados sobre o paciente, que irão auxiliar no preparo da cirurgia. Nas cirurgias ambulatoriais, de baixa complexidade, os critérios para a realização dessa avaliação não são bem definidos nas diretrizes. Objetivo: comparar estratégias de avaliação e seu impacto na evolução perioperatória. Método: Estudo prospectivo e controlado em cirurgia dermatológica. Incluídos pacientes de baixo e moderado risco pelo score EMAPO (Estudo multicêntrico de avaliação perioperatória para operações não cardíacas). Divididos em dois grupos: (G1) avaliação com o cirurgião; (G2) avaliação com cirurgião e com cardiologista. Seguimento de sete dias. Analisados dados sobre o procedimento, evolução e eventos adversos. Avaliação estatística: Shapiro-Wilk. Teste χ2 de Pearson e test T ou Mann-Whitney (IC 95% com P<0.05). Resultados: 299 pacientes avaliados (G1=200 e G2=99). Todos liberados para cirurgia, sem nenhuma orientação especial. Grupos homogêneos, EMAPO (G1=2.6 ± 3.6 e G2=2.7 ± 3.2), exceto pela dislipidemia (G1=13,5% e G2=23,2% p=0,03). Não houve eventos cardiovasculares. Três pacientes do G2 e um no G1 tiveram infecção de ferida operatória. Os pacientes do G2 realizaram mais exames (5.1 ± 1.7 vs 1.3 ± 1.7; p<0.01). O tempo de espera para a realização da cirurgia foi menor no G1 (2.7 ± 2.1 meses) em relação a G2 (6.8 ± 4.6m) (p<0.01). Conclusão: Não há necessidade de avaliação pré-operatória com cardiologista e/ou mais exames em pacientes de baixo ou médio risco pelo score EMAPO para cirurgias dermatológicas ambulatoriais.