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Abstract
Notícias negativas ocupam espaço significativo no jornalismo impresso, televisivo e on-line. Muitas são ilustradas por fotografias e vídeos que contribuem para reforçar a negatividade. Diferentes hipóteses nos campos da comunicação, psicologia, sociologia e antropologia buscam explicar o fenômeno da predominância das más notícias. Para contribuir nessa discussão, este artigo desenvolve a análise dos significados potenciais de trinta das mais icônicas imagens veiculadas pelo jornalismo em âmbito global, entre 2001 e 2017, a partir da perspectiva da teoria geral do imaginário e da matriz arquetipológica, desenvolvidas por Gilbert Durand. A análise desenvolvida utiliza o método mitocrítico e a classificação dos regimes de imagens. Os resultados revelam que 80% dessas imagens são associadas a notícias com conotações negativas. As más notícias são ilustradas por imagens predominantemente diurnas, isto é, que materializam uma visão de mundo pautada pela lógica do combate, cisão, purificação e hipóstase das dificuldades existenciais. Destaca-se nesse âmbito a redundância do arquétipo da oposição alto vs. baixo, presente em 80% delas, sendo o aspecto da queda – que junto com a ascensão compõem duas faces do mesmo arquétipo – o mais frequente.