AVALIAÇÕES DOCENTES SOBRE O ENSINO REMOTO NA PANDEMIA À LUZ DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL: RECURSOS TECNOLÓGICOS, MATERIAIS DIDÁTICOS E AVALIATIVIDADE EM FOCO
{"title":"AVALIAÇÕES DOCENTES SOBRE O ENSINO REMOTO NA PANDEMIA À LUZ DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL: RECURSOS TECNOLÓGICOS, MATERIAIS DIDÁTICOS E AVALIATIVIDADE EM FOCO","authors":"Renato Caixeta Silva, Eliane Velloso Missagia","doi":"10.22456/2238-8915.113161","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Diante da pandemia que impactou o trabalho docente em todo o Brasil, buscamos valorizar a voz de professores responsáveis por dar continuidade ao processo educacional via ensino remoto. Nosso enfoque recai sobre professores de línguas de diversos contextos de ensino que migraram para o ensino remoto ainda no primeiro semestre de 2020. O objetivo da pesquisa apresentada neste artigo foi investigar como professores de línguas avaliam o uso de materiais didáticos e recursos tecnológicos digitais de comunicação a distância em aulas remotas durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, bem como as condutas institucionais e pessoais envolvidas naquele momento. A pesquisa contou com 130 docentes brasileiros, que responderam um questionário em que expressaram suas avaliações acerca dos recursos tecnológicos e dos materiais utilizados, bem como sobre a implementação e a experiência do ensino remoto em suas instituições de trabalho. Em termos teóricos, adotamos a perspectiva da Linguística Sistêmico-Funcional visando um enfoque linguístico e social, e especificamente utilizamos o sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005; MARTIN; ROSE, 2007) para análise dos dizeres docentes. A análise linguística revela atitudes de afeto, demonstrando insegurança mediante a incerteza decorrente do momento e das mudanças no trabalho, julgamentos sobre as capacidades dos docentes, revelando certo despreparo para a situação, e apreciações da precariedade dos recursos e materiais disponíveis, além dos sentimentos de cansaço e angústia. ","PeriodicalId":82235,"journal":{"name":"Organon","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Organon","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2238-8915.113161","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Diante da pandemia que impactou o trabalho docente em todo o Brasil, buscamos valorizar a voz de professores responsáveis por dar continuidade ao processo educacional via ensino remoto. Nosso enfoque recai sobre professores de línguas de diversos contextos de ensino que migraram para o ensino remoto ainda no primeiro semestre de 2020. O objetivo da pesquisa apresentada neste artigo foi investigar como professores de línguas avaliam o uso de materiais didáticos e recursos tecnológicos digitais de comunicação a distância em aulas remotas durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, bem como as condutas institucionais e pessoais envolvidas naquele momento. A pesquisa contou com 130 docentes brasileiros, que responderam um questionário em que expressaram suas avaliações acerca dos recursos tecnológicos e dos materiais utilizados, bem como sobre a implementação e a experiência do ensino remoto em suas instituições de trabalho. Em termos teóricos, adotamos a perspectiva da Linguística Sistêmico-Funcional visando um enfoque linguístico e social, e especificamente utilizamos o sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005; MARTIN; ROSE, 2007) para análise dos dizeres docentes. A análise linguística revela atitudes de afeto, demonstrando insegurança mediante a incerteza decorrente do momento e das mudanças no trabalho, julgamentos sobre as capacidades dos docentes, revelando certo despreparo para a situação, e apreciações da precariedade dos recursos e materiais disponíveis, além dos sentimentos de cansaço e angústia.