Carolina Rocha de Almeida, Ana Beatriz Calmon Nogueira da Gama Pereira
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Abstract
De acordo com a transição demográfica, o envelhecimento populacional e a expectativa de vida dos brasileiros aumentaram exponencialmente, porém este acréscimo não é concomitante com a melhora da qualidade de vida. Isso ocorre devido à alta incidência de síndromes demenciais, como a Doença de Alzheimer (DA), constituindo a principal causa de mortalidade e prejuízo funcional da população idosa. Aproximadamente 20% da população brasileira é idosa, sendo que cerca de 10% das pessoas possuem chance de desenvolver ou já possui demência. Atualmente, esta doença representa um significativo problema de saúde pública no Brasil pela longa extensão e complexidade de manifestações funcionais, emocionais e consequências sociais, tanto para os idosos quanto para seus familiares. Esta doença cursa com comprometimento e incapacidade funcional de idosos, aumentando a demanda de cuidados, o que gera grande impacto na estabilidade de ambientes familiares e nos gastos públicos destinados a saúde. As heterogeneidades educacional e cultural da população brasileira geram características peculiares ao diagnóstico da DA. Este estudo sobre a morbimortalidade das cinco regiões brasileiras apresentou, a partir de dados fornecidos pelo DATASUS, que a região Sudeste possui maiores valores nas variáveis analisadas. Dessa forma, é uma doença de extrema importância no acompanhamento de pessoas que iniciam a terceira idade, necessitando, portanto, de mais cuidado com os indivíduos atingidos e destinação de verbas para prevenção e tratamento, visto que são fragilizados tanto pela doença quanto pela idade avançada.