J. C. Polizello, L. C. Carvalho, Fernando Cassiolato Freitas, N. Padula, Edson Zangiacomi Martinez, A. C. Mattiello-Sverzut
{"title":"Efeitos morfológicos do retorno da sobrecarga após imobilização em alongamento de músculo esquelético de ratas","authors":"J. C. Polizello, L. C. Carvalho, Fernando Cassiolato Freitas, N. Padula, Edson Zangiacomi Martinez, A. C. Mattiello-Sverzut","doi":"10.1590/S1413-35552011000100008","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"CONTEXTUALIZACAO: Na reabilitacao, a imobilizacao em alongamento do musculo esqueletico e realizada como contramedida para reverter efeitos de encurtamento muscular severo e em eventos pos-cirurgicos. Acredita-se que o retorno as atividades funcionais normais estimule mecanotransdutores capazes de reorganizar a citoarquitetura normal muscular, porem a descricao das alteracoes histopatologicas relacionadas a esses procedimentos sao escassas na literatura. OBJETIVOS: Avaliar e quantificar anomalias histologicas induzidas pela imobilizacao em alongamento do musculo EDL (Extensor Digitorum Longus) e confronta-las com a livre movimentacao do animal apos esse procedimento. METODOS: Foram utilizadas 18 ratas Wistar, distribuidas nos grupos: controle (GC); imobilizadas em flexao plantar (EDL em posicao alongada) por 14 dias (GI); imobilizadas por 14 dias e liberadas por dez dias (GIL). Fragmentos do EDL foram congelados, seccionados e processados com reacoes imuno-histoquimica para colagenos I e III e histoquimica para Adenosina Trifosfatase Miofibrilar e Hematoxilina-Eosina. RESULTADOS: Os animais do GI apresentaram discreto aumento da expressao de colageno I e de fibras em processo degenerativo/necrotico, reducao da proporcao de fibras tipo (FT) 2A e do diâmetro menor de todos os tipos de fibras, quando comparados com os animais do GC. Para o GIL, observou-se retorno da quantidade de colageno I as condicoes controle, alem de reducao na proporcao de FT2D, aumento do numero de nucleos centralizados e do diâmetro menor das fibras quando comparadas com o GI, porem a expressao de FT2B e FT2D nao atingiu os valores de referencia. CONCLUSOES: Os dados apresentados mostram que a retomada da funcao durante dez dias foi parcialmente eficiente na recuperacao das caracteristicas do musculo EDL apos o periodo de imobilizacao e que, se extrapolados os dados a clinica fisioterapeutica, a adocao de procedimentos orientados as disfuncoes primarias do musculo pode favorecer a resposta morfofuncional do segmento e o seu integro restabelecimento.","PeriodicalId":21195,"journal":{"name":"Revista Brasileira De Fisioterapia","volume":"15 1","pages":"73-79"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2011-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"4","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira De Fisioterapia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/S1413-35552011000100008","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
CONTEXTUALIZACAO: Na reabilitacao, a imobilizacao em alongamento do musculo esqueletico e realizada como contramedida para reverter efeitos de encurtamento muscular severo e em eventos pos-cirurgicos. Acredita-se que o retorno as atividades funcionais normais estimule mecanotransdutores capazes de reorganizar a citoarquitetura normal muscular, porem a descricao das alteracoes histopatologicas relacionadas a esses procedimentos sao escassas na literatura. OBJETIVOS: Avaliar e quantificar anomalias histologicas induzidas pela imobilizacao em alongamento do musculo EDL (Extensor Digitorum Longus) e confronta-las com a livre movimentacao do animal apos esse procedimento. METODOS: Foram utilizadas 18 ratas Wistar, distribuidas nos grupos: controle (GC); imobilizadas em flexao plantar (EDL em posicao alongada) por 14 dias (GI); imobilizadas por 14 dias e liberadas por dez dias (GIL). Fragmentos do EDL foram congelados, seccionados e processados com reacoes imuno-histoquimica para colagenos I e III e histoquimica para Adenosina Trifosfatase Miofibrilar e Hematoxilina-Eosina. RESULTADOS: Os animais do GI apresentaram discreto aumento da expressao de colageno I e de fibras em processo degenerativo/necrotico, reducao da proporcao de fibras tipo (FT) 2A e do diâmetro menor de todos os tipos de fibras, quando comparados com os animais do GC. Para o GIL, observou-se retorno da quantidade de colageno I as condicoes controle, alem de reducao na proporcao de FT2D, aumento do numero de nucleos centralizados e do diâmetro menor das fibras quando comparadas com o GI, porem a expressao de FT2B e FT2D nao atingiu os valores de referencia. CONCLUSOES: Os dados apresentados mostram que a retomada da funcao durante dez dias foi parcialmente eficiente na recuperacao das caracteristicas do musculo EDL apos o periodo de imobilizacao e que, se extrapolados os dados a clinica fisioterapeutica, a adocao de procedimentos orientados as disfuncoes primarias do musculo pode favorecer a resposta morfofuncional do segmento e o seu integro restabelecimento.