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Abstract
O artigo discute a teoria da poligênese do romance, que propõe que o gênero teve múltiplas origens em locais e épocas diferentes, seguindo diversas linhas evolutivas. Essa hipótese demanda a reavaliação de posições canônicas na teoria e história do romance, ao incorporar em sua história expandida textos escritos em períodos e locais previamente ignorados. Um desses contextos de surgimento do romance que requerem maior investigação é o Japão do período Heian, quando os chamados monogatari, obras ficcionais escritas em prosa, circulavam entre os leitores da corte. Discutiremos especificamente a classificação de Taketori monogatari como um romance inicial, mediante a identificação, em sua composição, de algumas estruturas trans-históricas presentes em romances de locais e épocas diversas: sua condição ficcional, a escrita em prosa, sua remissão à vida prosaica, sua marginalidade inicial na cultura letrada. Ao situarmos a flexibilidade e hibridismo do romance entre as suas características definidoras, discutiremos também a apropriação de outros gêneros discursivos pelo Taketori como indicação da sua condição romanesca.