Maria Gabriela Tavares da Silva, Eliane Lopes De Alcantara Ferreira, E. D. Silva
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Abstract
Introdução: O Brasil vive um intenso processo de transição demográfica e epidemiológica. A população idosa tem um considerável crescimento o que gera desafios para toda sociedade, especificamente ao sistema de saúde. Uma vez que os idosos frequentemente têm doenças crônicas e a polifarmácia costuma ser mais comum nessa faixa etária por estar associada a uma ampla gama de consequências clínicas. A prática da polifarmácia com elevado número de medicamentos utilizado por um indivíduo, é comum em idosos com esquemas medicamentosos complexos e multimorbidades sendo necessário ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Objetivo: Evidenciar os impactos da polimedicação geriátrica e seus eventos adversos que resultam em limitações fisiológicas. Material e métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura por meio de consulta a artigos em Bibliotecas Virtuais publicados entre os anos de 2017 a 2021 nas bases de dados: PubMed, SciELO e LILACS com as seguintes palavras-chaves: “Polifarmácia”, “Idoso”, “Eventos Adversos” e “Interação Medicamentosa”; publicado na íntegra em português ou inglês. Resultados: Os estudos demonstram que a polifarmácia tem sido associada a uma série de resultados negativos e é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento da fragilidade. Além disso, é um fator de risco chave para interações medicamentosas. Foi observado que o consumo de múltiplos medicamentos pode causar eventos adversos a medicamentos tais como: insuficiência renal, danos hepáticos, além de comprometer funções físicas por estar associado a redução das funções cognitivas e demência. No entanto, as revisões sugerem alguns suportes para diminuir a inadequação e o número de medicamentos em pessoas com polifarmácia, porém com efeitos pouco claros em resultados clinicamente relevantes. Conclusão: Infere-se, portanto, que a redução da polifarmácia pode ser uma estratégia cautelosa para prevenir e gerenciar os negativos efeitos homeostáticos. Indubitavelmente, o cuidado na tomada de decisão na prescrição de medicamentos para pacientes idosos é de extrema importância, ressaltando que a polifarmácia deve ser avaliada especialmente em idosos frágeis, logo a avaliação das prescrições por uma equipe multidisciplinar contribui de forma significativa na diminuição dos riscos ao idoso.