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Abstract
Nos últimos anos, os eventos extremos de chuvas vêm causando mudanças significativas nas grandes e nas médias cidades brasileiras, por se tratar de o Brasil ser um país que não sabe lidar com a gestão dessas situações. O presente trabalho teve como objetivo identificar e analisar os eventos extremos de chuva e as suas repercussões na cidade do Crato/Ceará (CE). Para o desenvolvimento deste trabalho, foram realizados levantamento bibliográfico e coleta e tabulação dos dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME de dois postos inseridos na área de estudo (Posto Crato e Lameiro), e aplicou-se a Metodologia dos Máximos de Precipitação, a qual considerou eventos acima de 50 mm em 24 horas. Realizou-se, também, a análise de reportagens de jornais, de modo a identificar os impactos das chuvas extremas. A cidade do Crato, no período de 1974 a 2020, registrou a ocorrência de 370 eventos extremos de chuva acima de 50 mm, dos quais 216 aconteceram no Posto Crato e 154 no Posto Lameiro. As repercussões dos eventos ocorrem especificamente nas áreas de planície dos rios, devido à ocupação irregular dessas áreas associada à falta de infraestrutura urbana. A ocupação irregular da cidade faz com que essas chuvas, somadas à falta de organização espacial, causem inúmeros problemas socioambientais, por atingir diretamente a população pobre, que é mais vulnerável por ocuparem áreas de risco.