{"title":"25 de janeiro, 12h28: a memória da tragédia da Vale em Brumadinho, ao vivo no MG1","authors":"Wagner Rodrigo Arratia Concha","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.38466","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Às 12 horas, 28 minutos e 25 segundos do dia 25 de janeiro de 2019, a Barragem 1, localizada na mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), se rompeu. A tragédia ocorreu no horário em que é apresentado o telejornal MG1, da Globo Minas. Por meio da Análise da Materialidade Audiovisual (COUTINHO, 2016; 2020), verificamos como o MG1 cobriu os três primeiros aniversários do rompimento da barragem, no que diz respeito à memória, às fontes consultadas, ao discurso de emoção e se houve a discussão de problemas públicos relacionados ao acontecimento. Os resultados indicam que as entradas ao vivo mencionaram homenagens às vítimas, como a chamada dos ausentes, o toque do silêncio e o lançamento de balões; familiares de vítima desaparecida e de vítima localizada e um bombeiro foram entrevistados; e os discursos transmitiram sentimentos de horror, pesar, compaixão, raiva e agradecimento. Além disso, o único momento em que os vídeos registraram aspectos relacionados a problemas públicos foi em 2022, quando uma repórter citou ações preventivas da Vale em outras de suas barragens. Pesquisas futuras podem investigar como o jornalismo tem tratado os problemas públicos relacionados a barragens, a emoção de jornalistas e o discurso de renovação da Vale no processo de reparação.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"65 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lumina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38466","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Às 12 horas, 28 minutos e 25 segundos do dia 25 de janeiro de 2019, a Barragem 1, localizada na mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), se rompeu. A tragédia ocorreu no horário em que é apresentado o telejornal MG1, da Globo Minas. Por meio da Análise da Materialidade Audiovisual (COUTINHO, 2016; 2020), verificamos como o MG1 cobriu os três primeiros aniversários do rompimento da barragem, no que diz respeito à memória, às fontes consultadas, ao discurso de emoção e se houve a discussão de problemas públicos relacionados ao acontecimento. Os resultados indicam que as entradas ao vivo mencionaram homenagens às vítimas, como a chamada dos ausentes, o toque do silêncio e o lançamento de balões; familiares de vítima desaparecida e de vítima localizada e um bombeiro foram entrevistados; e os discursos transmitiram sentimentos de horror, pesar, compaixão, raiva e agradecimento. Além disso, o único momento em que os vídeos registraram aspectos relacionados a problemas públicos foi em 2022, quando uma repórter citou ações preventivas da Vale em outras de suas barragens. Pesquisas futuras podem investigar como o jornalismo tem tratado os problemas públicos relacionados a barragens, a emoção de jornalistas e o discurso de renovação da Vale no processo de reparação.