Fatores de risco associados ao atraso no diagnóstico e mortalidade em casos confirmados de Covid-19 na Macrorregião Norte do Estado do Rio Grande do Sul
Arthur Vinícius Marcante, Diógenes William de Paula, Luísa Simoni, Vinícius Grasselli Omizzolo, Cristiane Barelli, G. Barbosa, J. Zilli, A. L. Alves, Daniela Bertol Graeff
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Abstract
O objetivo do trabalho foi verificar os fatores associados ao atraso no diagnóstico e mortalidade em casos confirmados de Covid-19 na Macrorregião Norte do Rio Grande do Sul, durante os dois primeiros anos de pandemia. Trata-se de um estudo de coorte histórica com 286.779 casos de Covid-19 delimitado cronologicamente no período de março de 2020 a março de 2022. As características sociais e demográficas analisadas foram: sexo, idade, índice de desenvolvimento socioeconômico dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul (IDESE renda). Os desfechos foram: atraso no diagnóstico e óbito. Foram realizadas análises de sobrevivência de Kaplan-Meier, análises de regressão de Cox e regressão logística. O tempo mediano desde o início dos sintomas até o diagnóstico foi de 3,0 (IIQ: 2,0-5,0) dias. O IDESE renda baixo e o óbito foram associados com atraso no diagnóstico (HR = 1,162 [IC95%: 1,087 – 1,241] e HR = 2,689 [IC95%: 2,521 – 2,867], respectivamente). A mortalidade foi associada com atraso no diagnóstico (RR = 3,462 [IC95%: 3,208 – 3,736]). A maior ocorrência de infecção foi em adultos e a maior letalidade ocorreu em idosos. Atraso no diagnóstico maior do que três dias e mortalidade foram associados com baixo indicador social, e esse atraso no diagnóstico também foi associado com a mortalidade. Os resultados reiteraram os desafios para o sistema de saúde em controlar a Covid-19, em disponibilizar em tempo real testes rápidos e eficazes e em implementar medidas preventivas, especialmente em grupos populacionais vulneráveis.