María Esther Salazar López, G. Linch, Adriana Aparecida Paz, Lupe Vidal Valenzuela, Daniela Centenaro Levandowski, H. M. T. Barros
{"title":"Epidemiologia da violência contra adolescentes no Brasil: Análise de dados do sistema de vigilância de violência e acidentes","authors":"María Esther Salazar López, G. Linch, Adriana Aparecida Paz, Lupe Vidal Valenzuela, Daniela Centenaro Levandowski, H. M. T. Barros","doi":"10.20453/RMH.V32I2.3981","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: Descrever as características da violência contra adolescentes notificados a partir do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes/VIVA, no Brasil. Material e métodos: Estudo descritivo, com dados do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes/VIVA, Brasil, no período de 2009 a 2016. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, raça, local de ocorrência, vinculo do agressor com a vítima e suspeita de uso de álcool nos casos de violência física, psicológica/moral e sexual. Utilizou-se estatística descritiva e o teste de tendência de proporções no STATA. Resultados: A taxa de prevalência da violência física na faixa de 15-19 anos alcançou 104,4 por 100 000 casos, e a prevalência da violência sexual na faixa de 10-14 anos foi de 38,5 por 100 000 casos. A violência sexual alcançou nas meninas a prevalência de 52,0 por 100 000 casos, enquanto que, nos meninos, de 4,5 por 100 000 casos. Houve tendência crescente significativa de violência física na faixa de 15-19, e de violência sexual na faixa de 10-14 anos. Ambos tipos de violência atingiram as raças parda e indígena, acontecendo na residência da vítima, sendo o agressor o namorado. No caso de violência sexual, cresceu a suspeita de uso de álcool pelo agressor. A variação percentual na violência física e psicológica aumentou em mais de 400%. Conclusões: Houve aumento de todos os tipos de violência nestes oito anos. Foram mais frequentes as notificações de violência física e sexual, atingindo principalmente as meninas, na residência, sendo o amigo/conhecido ou namorado da vítima os principais agressores.","PeriodicalId":31234,"journal":{"name":"Revista Medica Herediana","volume":"109 12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Medica Herediana","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20453/RMH.V32I2.3981","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Objetivo: Descrever as características da violência contra adolescentes notificados a partir do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes/VIVA, no Brasil. Material e métodos: Estudo descritivo, com dados do Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes/VIVA, Brasil, no período de 2009 a 2016. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, raça, local de ocorrência, vinculo do agressor com a vítima e suspeita de uso de álcool nos casos de violência física, psicológica/moral e sexual. Utilizou-se estatística descritiva e o teste de tendência de proporções no STATA. Resultados: A taxa de prevalência da violência física na faixa de 15-19 anos alcançou 104,4 por 100 000 casos, e a prevalência da violência sexual na faixa de 10-14 anos foi de 38,5 por 100 000 casos. A violência sexual alcançou nas meninas a prevalência de 52,0 por 100 000 casos, enquanto que, nos meninos, de 4,5 por 100 000 casos. Houve tendência crescente significativa de violência física na faixa de 15-19, e de violência sexual na faixa de 10-14 anos. Ambos tipos de violência atingiram as raças parda e indígena, acontecendo na residência da vítima, sendo o agressor o namorado. No caso de violência sexual, cresceu a suspeita de uso de álcool pelo agressor. A variação percentual na violência física e psicológica aumentou em mais de 400%. Conclusões: Houve aumento de todos os tipos de violência nestes oito anos. Foram mais frequentes as notificações de violência física e sexual, atingindo principalmente as meninas, na residência, sendo o amigo/conhecido ou namorado da vítima os principais agressores.