{"title":"PERFIL SOROLÓGICO PARA TOXOPLASMOSE EM GESTANTES ATENDIDAS EM UM LABORATÓRIO DE TOLEDO, PARANÁ","authors":"Mariana Dalmagro, Bruna Aparecida Soares Fávaro, Nathielle Miranda, Emerson Luiz Bothelho Lourenço, J. Hoscheid","doi":"10.51161/conbracif/59","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A toxoplasmose é uma infecção causada pelo Toxoplasma gondii, sua contaminação ocorre pela ingestão de alimentos e águas contaminadas por fezes de felinos, onde há presença do oocisto deste protozoário. Após a contaminação, o organismo produz resposta imunológica, levando a imunidade. Para as mulheres, a imunidade é importante para uma futura gestação, sendo que nesses casos não há risco de infectar o feto, diferentemente de mulheres que não possuem, podendo levar a uma transmissão vertical e consequências no desenvolvimento fetal. O diagnóstico da infecção é feito por meio de testes de pesquisas de anticorpo IgG e IgM contra o T. gondii. O anticorpo antitoxoplasma IgM está presente na fase aguda da doença, enquanto o anticorpo IgG é utilizado para indicar exposição prévia ao parasita. Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico da infecção pelo T. gondii em gestantes em um laboratório localizado no município de Toledo, Paraná. Material e métodos: Foram analisados laudos de gestantes que realizaram exames de rotina pré-natal, em um laboratório de análises clínicas de Toledo/PR, no período de janeiro a julho de 2019, via Sistema de Gestão Esmeralda Virtual. Nesse sistema foram avaliados, o perfil sorológico para toxoplasmose e a idade gestacional. Resultados: Foram analisados 1130 laudos, porém somente 160 gestantes (menos de 15%) realizaram corretamente o acompanhamento nos três trimestres de gestação, enquanto 960 (cerca de 85%) não compareceram para realizar o acompanhamento trimestral corretamente. Observou-se que apenas 39,73% das gestantes se encontravam imunes, e 59,73% estavam susceptíveis a contrair a infecção. Relacionado a idade gestacional, 50% das gestantes com IgM reagente se encontravam no terceiro trimestre gestacional (29 a 42 semanas), representando elevada taxa de transmissão para o feto. Apenas 1 gestante apresentou sororeatividade no primeiro trimestre de gravidez (até 14 semanas), e apesar da taxa de transmissão nesse período ser menor, medidas preventivas devem ser iniciadas. Conclusão: Devido à alta prevalência de gestantes suscetíveis para toxoplasmose, destaca-se a importância da realização de medidas profiláticas e o acompanhamento pré-natal, com monitoramento trimestral correto.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"101 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbracif/59","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A toxoplasmose é uma infecção causada pelo Toxoplasma gondii, sua contaminação ocorre pela ingestão de alimentos e águas contaminadas por fezes de felinos, onde há presença do oocisto deste protozoário. Após a contaminação, o organismo produz resposta imunológica, levando a imunidade. Para as mulheres, a imunidade é importante para uma futura gestação, sendo que nesses casos não há risco de infectar o feto, diferentemente de mulheres que não possuem, podendo levar a uma transmissão vertical e consequências no desenvolvimento fetal. O diagnóstico da infecção é feito por meio de testes de pesquisas de anticorpo IgG e IgM contra o T. gondii. O anticorpo antitoxoplasma IgM está presente na fase aguda da doença, enquanto o anticorpo IgG é utilizado para indicar exposição prévia ao parasita. Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico da infecção pelo T. gondii em gestantes em um laboratório localizado no município de Toledo, Paraná. Material e métodos: Foram analisados laudos de gestantes que realizaram exames de rotina pré-natal, em um laboratório de análises clínicas de Toledo/PR, no período de janeiro a julho de 2019, via Sistema de Gestão Esmeralda Virtual. Nesse sistema foram avaliados, o perfil sorológico para toxoplasmose e a idade gestacional. Resultados: Foram analisados 1130 laudos, porém somente 160 gestantes (menos de 15%) realizaram corretamente o acompanhamento nos três trimestres de gestação, enquanto 960 (cerca de 85%) não compareceram para realizar o acompanhamento trimestral corretamente. Observou-se que apenas 39,73% das gestantes se encontravam imunes, e 59,73% estavam susceptíveis a contrair a infecção. Relacionado a idade gestacional, 50% das gestantes com IgM reagente se encontravam no terceiro trimestre gestacional (29 a 42 semanas), representando elevada taxa de transmissão para o feto. Apenas 1 gestante apresentou sororeatividade no primeiro trimestre de gravidez (até 14 semanas), e apesar da taxa de transmissão nesse período ser menor, medidas preventivas devem ser iniciadas. Conclusão: Devido à alta prevalência de gestantes suscetíveis para toxoplasmose, destaca-se a importância da realização de medidas profiláticas e o acompanhamento pré-natal, com monitoramento trimestral correto.