{"title":"Uma epistemologia genética dos ecossistemas de desinformação? Problema interdisciplinar / resposta transdisciplinar","authors":"Cláudio Paixão Anastácio de Paula","doi":"10.24215/18539912E122","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio sugere bases bio-psico-histórico-sociais de uma possível abordagem do campo informacional com vistas ao combate da desinformação a partir da compreensão da ecologia mental que a sustenta. Propõe-se uma ponte conceitual entre as concepções de schème (palavra que poderia ser traduzida em português como esquema mental) em Jean Piaget e Gilbert Durand, avaliando a adequação de sua incorporação a uma epistemologia crítica do campo e, consequentemente, à criação de uma abordagem integradora para as teorias que se dedicam ao entendimento do conceito de informação. Caracteriza-se a ecologia mental da desinformação entendendo a sustentação da disseminação e da crença em informações falsas a partir da sua abordagem através da transposição dos modelos evolutivos de transferência de informações culturais propostos pela memética para o campo informacional. Finalmente, propõe-se um paralelo entre: 1) a utilização do termo schèma (em tradução aproximada para o português; esquema representado, diagrama) e da teoria da schematization pela Escola Esquematista da Ciência da Informação e 2) uma possível utilização do conceito schème e uma teoria da schemetization para sustentar a necessidade de construção de base para a redefinição do campo informacional. Argumenta-se que essa redefinição é suscitada pela condição hipermoderna e que, a partir da abertura disciplinar para diálogos teóricos entre as visões sociais, cognitivas, tecnológicas, políticas e econômicas envolvidas dos problemas infocomunicacionais, se possa definir um território informacional propositivo e voltado para a solução de questões prementes como a urgência da alfabetização midiática e de conscientização para a importância da comunicação online numa perspectiva crítica.","PeriodicalId":30580,"journal":{"name":"Palabra Clave La Plata","volume":"197 1","pages":"e122"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Palabra Clave La Plata","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24215/18539912E122","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este ensaio sugere bases bio-psico-histórico-sociais de uma possível abordagem do campo informacional com vistas ao combate da desinformação a partir da compreensão da ecologia mental que a sustenta. Propõe-se uma ponte conceitual entre as concepções de schème (palavra que poderia ser traduzida em português como esquema mental) em Jean Piaget e Gilbert Durand, avaliando a adequação de sua incorporação a uma epistemologia crítica do campo e, consequentemente, à criação de uma abordagem integradora para as teorias que se dedicam ao entendimento do conceito de informação. Caracteriza-se a ecologia mental da desinformação entendendo a sustentação da disseminação e da crença em informações falsas a partir da sua abordagem através da transposição dos modelos evolutivos de transferência de informações culturais propostos pela memética para o campo informacional. Finalmente, propõe-se um paralelo entre: 1) a utilização do termo schèma (em tradução aproximada para o português; esquema representado, diagrama) e da teoria da schematization pela Escola Esquematista da Ciência da Informação e 2) uma possível utilização do conceito schème e uma teoria da schemetization para sustentar a necessidade de construção de base para a redefinição do campo informacional. Argumenta-se que essa redefinição é suscitada pela condição hipermoderna e que, a partir da abertura disciplinar para diálogos teóricos entre as visões sociais, cognitivas, tecnológicas, políticas e econômicas envolvidas dos problemas infocomunicacionais, se possa definir um território informacional propositivo e voltado para a solução de questões prementes como a urgência da alfabetização midiática e de conscientização para a importância da comunicação online numa perspectiva crítica.