{"title":"O ASSOCIATIVISMO DE TRABALHADORES NEGROS NO CLUBE UNIÃO OPERÁRIA DE ALEGRETE (RIO GRANDE DO SUL, SÉCULO XX)","authors":"Márcio Jesus Ferreira Sônego","doi":"10.56579/rei.v5i4.423","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo recuperar histórias de trabalhadores negros nos primórdios de fundação do Clube União Operária de Alegrete, fundado em 1925. Com este estudo, se busca verificar a atuação vivida por operários (as) negros (as) na construção e formação desta entidade operária e quase centenária. Com base no cruzamento de diversas fontes históricas, como documentos cartoriais, paroquiais, imprensa, livros de atas e sócios do clube, foi possível perceber a vivência associativa dos trabalhadores negros e de seus familiares, reconstruindo trajetórias e experiências sociais no espaço social do Clube União Operária. Com essa pesquisa, comprovei algumas hipóteses, sendo que a principal é evidenciar que os afrodescendentes já estavam inseridos e atuantes desde o início e origem da entidade associativa. Através das histórias de alguns personagens, se percebe que a comunidade negra de Alegrete, no período pós-abolição, definiu o Clube União Operária como seu lugar social, um local do livre exercício da cultura e identidade negra, uma entidade operária na qual não havia restrições em relação aos seus frequentadores. Os trabalhadores negros se sentiram amparados e confortáveis por estarem entre os seus, em liberdade, num espaço associativo e com estabelecimento de laços de solidariedade de classe entre seus membros, sócios, sócias e respectivas famílias. \n \n \n ","PeriodicalId":31754,"journal":{"name":"Delictae Revista de Estudos Interdisciplinares sobre o Delito","volume":"353 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Delictae Revista de Estudos Interdisciplinares sobre o Delito","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.56579/rei.v5i4.423","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo tem como objetivo recuperar histórias de trabalhadores negros nos primórdios de fundação do Clube União Operária de Alegrete, fundado em 1925. Com este estudo, se busca verificar a atuação vivida por operários (as) negros (as) na construção e formação desta entidade operária e quase centenária. Com base no cruzamento de diversas fontes históricas, como documentos cartoriais, paroquiais, imprensa, livros de atas e sócios do clube, foi possível perceber a vivência associativa dos trabalhadores negros e de seus familiares, reconstruindo trajetórias e experiências sociais no espaço social do Clube União Operária. Com essa pesquisa, comprovei algumas hipóteses, sendo que a principal é evidenciar que os afrodescendentes já estavam inseridos e atuantes desde o início e origem da entidade associativa. Através das histórias de alguns personagens, se percebe que a comunidade negra de Alegrete, no período pós-abolição, definiu o Clube União Operária como seu lugar social, um local do livre exercício da cultura e identidade negra, uma entidade operária na qual não havia restrições em relação aos seus frequentadores. Os trabalhadores negros se sentiram amparados e confortáveis por estarem entre os seus, em liberdade, num espaço associativo e com estabelecimento de laços de solidariedade de classe entre seus membros, sócios, sócias e respectivas famílias.