Marco Vinicius De Castro, Paulo Cesar Pontes Fraga
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Abstract
Este artigo tem como objetivo entender como os atores que cultivam sua própria maconha para uso social-recreativo se relacionam com as regras formais e informais. A partir de um estudo exploratório, inspirado no método etnográfico, realizado com usuários que cultivam a própria maconha, observa-se que esses atores configuram uma moralidade singular por meio de suas práticas. Do ponto de vista deles, mapeado em entrevistas qualitativas, observamos que esses atores têm suas próprias perspectivas morais e configuram conflitos com regras formais e informais. Vários conflitos morais são estabelecidos entre “nós” e “outros”, sendo que o “nós”, nesta pesquisa, são os atores que cultivam maconha e os “outros” são os sentimentos morais que impregnam as regras formais e informais. Portanto, os cultivadores da própria maconha apresentam uma série de argumentos para justificar por que eles estão certos e seus julgadores estão errados sobre suas práticas.