José Pedro Angélico, José Rui Teixeira, Alex Villas Boas
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Abstract
Fundacional para a perceção e expressão do mistério, a linguagem poética é lugar de uma articulação paradoxal, nada acrescentando à representação descritiva do mundo. Encontrando-se o positivismo teológico em crise, paradigma que sempre cedeu demasiado à obsessão pela verdade, tem-se vindo a notar um crescente interesse pelo estudo teológico de produções literárias como lugares de redenção da linguagem referencial, própria do discurso tradicional da teologia. Na sua performatividade quase litúrgica, a linguagem poética aproxima o objeto do discurso teológico do seu eixo verdadeiramente referencial: a transluminosa treva do Silêncio (Pseudo-Dionísio).