{"title":"Parceiros, trabalhadores, quilombolas: narrativas e trajetórias de acesso à terra nos Quilombos do Imbé/RJ","authors":"Yolanda Gafrée Ribeiro","doi":"10.22481/sertanias.v2i2.12717","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo é parte da etnografia sobre o processo de reconhecimento das comunidades quilombolas em uma área rural da cidade de Campos do Goytacazes, região norte do Estado do Rio de Janeiro. Proponho analisar, então, o modo como os moradores afirmam vínculos de pertencimento ao território e sustentam suas demandas de direitos, a partir de um vir a ser quilombola nas arenas públicas. Para isso, mobilizo as narrativas que assumem centralidade e sustentam demandas de direitos, relacionadas à trajetória histórica local. Essas narrativas são elaboradoras face às diferentes dinâmicas de controle e subordinação, lembradas e vividas ao longo de gerações, bem como falam das condições para a sua superação. O programa de reforma agrária, por exemplo, pode ser pensado como um momento de ruptura com os modos de vida e relações de trabalho anteriores, sendo qualificado pelos moradores como parte das “conquistas” e “vitórias” alcançadas, ainda que se possa falar das ambiguidades em torno das condições de acesso à terra e das possibilidades de produção e comercialização dos alimentos.","PeriodicalId":30528,"journal":{"name":"Semina Ciencias Sociais e Humanas","volume":"17 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Semina Ciencias Sociais e Humanas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22481/sertanias.v2i2.12717","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo é parte da etnografia sobre o processo de reconhecimento das comunidades quilombolas em uma área rural da cidade de Campos do Goytacazes, região norte do Estado do Rio de Janeiro. Proponho analisar, então, o modo como os moradores afirmam vínculos de pertencimento ao território e sustentam suas demandas de direitos, a partir de um vir a ser quilombola nas arenas públicas. Para isso, mobilizo as narrativas que assumem centralidade e sustentam demandas de direitos, relacionadas à trajetória histórica local. Essas narrativas são elaboradoras face às diferentes dinâmicas de controle e subordinação, lembradas e vividas ao longo de gerações, bem como falam das condições para a sua superação. O programa de reforma agrária, por exemplo, pode ser pensado como um momento de ruptura com os modos de vida e relações de trabalho anteriores, sendo qualificado pelos moradores como parte das “conquistas” e “vitórias” alcançadas, ainda que se possa falar das ambiguidades em torno das condições de acesso à terra e das possibilidades de produção e comercialização dos alimentos.