{"title":"A “máquina do mundo” e a filosofia do absurdo: Drummond, leitor de Albert Camus","authors":"C. V. R. Almeida","doi":"10.5752/p.2358-3428.2021v25n55p279-321","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo tenta provar que o poema “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, foi parcialmente escrito a partir da reutilização de diversas metáforas, imagens e conceitos extraídos do livro O Mito de Sísifo, de Albert Camus. No intuito de demonstrar esta hipótese destacamos alguns excertos do livro de Camus e os cotejamos com metáforas e imagens análogas encontradas em “A Máquina do Mundo”. A conclusão a que chegamos é que Drummond reelaborou metaforicamente a filosofia do sentimento do absurdo em várias passagens do poema. Tal reelaboração intertextual, poética e metafórica se dera como uma resposta negativa e antitética à visão epifânica e cristã da criação universal descrita poeticamente por Jorge de Lima no Livro de Sonetos.","PeriodicalId":52749,"journal":{"name":"Scripta Alumni","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Scripta Alumni","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5752/p.2358-3428.2021v25n55p279-321","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo tenta provar que o poema “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, foi parcialmente escrito a partir da reutilização de diversas metáforas, imagens e conceitos extraídos do livro O Mito de Sísifo, de Albert Camus. No intuito de demonstrar esta hipótese destacamos alguns excertos do livro de Camus e os cotejamos com metáforas e imagens análogas encontradas em “A Máquina do Mundo”. A conclusão a que chegamos é que Drummond reelaborou metaforicamente a filosofia do sentimento do absurdo em várias passagens do poema. Tal reelaboração intertextual, poética e metafórica se dera como uma resposta negativa e antitética à visão epifânica e cristã da criação universal descrita poeticamente por Jorge de Lima no Livro de Sonetos.