{"title":"Conceição Evaristo, Becos da memória, Belo Horizonte, Mazza, 2006 (reseña)","authors":"A. Alós","doi":"10.6092/ISSN.2036-0967/2220","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Nascida em Belo Horizonte (capital de Minas Gerais) em 1946, e residente no Rio de Janeiro desde 1973, Conceição Evaristo é uma personalidade singular no campo da cultura afro-brasileira contemporânea. Evaristo tem participado de vários projetos culturais e de pesquisa em torno de temáticas negras, como colaboradora do Criola (organização de Mulheres Negras do Rio de Janeiro), e do grupo literário Quilombhoje, responsável pela publicação dos Cadernos negros, revista de divulgação literária com mais de trinta anos de circulação, e especializada na publicação de textos literários de autores afro-brasileiros. Embora tenha iniciado suas experiências literárias no início da década de 80, é apenas em 1990 que publica seus primeiros poemas, no número 13 dos Cadernos negros. Evaristo vem marcando sua produção acadêmica e literária com um posicionamento que busca privilegiar a sua vivência de mulher negra na sociedade brasileira. Em sua dissertação de mestrado, cujo título é Literatura negra: uma poética da nossa afro-brasilidade (1996), ela faz um levantamento da produção literária afro-brasileira, tentando suprir as lacunas sobre o tema na historiografia literária canônica. Somente após os anos 2000, marcados pelo impacto da internet, pelo fantasma do bug do milênio e pelo advento da globalização, é que a escritora publica seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio (2003). Três anos depois, Conceição Evaristo publica Becos da memória (2006), obra que, segundo a própria autora, já encontrava finalizada desde 1988, momento em que inclusive foi cogitada a sua publicação pela Fundação Palmares, mas que deve de esperar quase vinte anos para encontrar seus leitores:","PeriodicalId":41245,"journal":{"name":"Confluenze-Rivista di Studi Iberoamericani","volume":"97 1","pages":"258-260"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2011-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Confluenze-Rivista di Studi Iberoamericani","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.6092/ISSN.2036-0967/2220","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"HUMANITIES, MULTIDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Nascida em Belo Horizonte (capital de Minas Gerais) em 1946, e residente no Rio de Janeiro desde 1973, Conceição Evaristo é uma personalidade singular no campo da cultura afro-brasileira contemporânea. Evaristo tem participado de vários projetos culturais e de pesquisa em torno de temáticas negras, como colaboradora do Criola (organização de Mulheres Negras do Rio de Janeiro), e do grupo literário Quilombhoje, responsável pela publicação dos Cadernos negros, revista de divulgação literária com mais de trinta anos de circulação, e especializada na publicação de textos literários de autores afro-brasileiros. Embora tenha iniciado suas experiências literárias no início da década de 80, é apenas em 1990 que publica seus primeiros poemas, no número 13 dos Cadernos negros. Evaristo vem marcando sua produção acadêmica e literária com um posicionamento que busca privilegiar a sua vivência de mulher negra na sociedade brasileira. Em sua dissertação de mestrado, cujo título é Literatura negra: uma poética da nossa afro-brasilidade (1996), ela faz um levantamento da produção literária afro-brasileira, tentando suprir as lacunas sobre o tema na historiografia literária canônica. Somente após os anos 2000, marcados pelo impacto da internet, pelo fantasma do bug do milênio e pelo advento da globalização, é que a escritora publica seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio (2003). Três anos depois, Conceição Evaristo publica Becos da memória (2006), obra que, segundo a própria autora, já encontrava finalizada desde 1988, momento em que inclusive foi cogitada a sua publicação pela Fundação Palmares, mas que deve de esperar quase vinte anos para encontrar seus leitores: