M. R. G. Correia-Zanini, Adalberto Moretti Brito, Fábio Scorsolini-Comin
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Abstract
A literatura científica destaca que maiores níveis de autoeficácia estão associados a um desempenho acadêmico mais satisfatório. Entre as variáveis que podem afetar esse fenômeno, destaca-se que o preconceito racial sofrido por estudantes negros pode se constituir como um fator estressor capaz de impactar na crença de autoeficácia no contexto universitário. O objetivo deste estudo foi caracterizar a percepção de estressores e a crença de autoeficácia de estudantes universitários autodeclarados negros e pardos. Trata-se de estudo survey descritivo, preditivo, comparativo e correlacional. Participaram 60 estudantes universitários com idade média de 23,1 anos, sendo 45 mulheres e 15 homens, autodeclarados pardos/negros. Por meio de uma coleta de dados online, foram empregados instrumentos para caracterização de rendimento acadêmico, avaliação de autoeficácia em situações acadêmicas e sintomas de estresse. A amostra enfrentou maior estresse no tocante às demandas acadêmicas em comparação com outros contextos. A crença de autoeficácia teve impacto significativo na percepção de estressores na maioria dos contextos. Outro estressor refere-se às relações com família e colegas. Sugere-se o desenvolvimento de políticas institucionais que permitam ao aluno desenvolver suas potencialidades, especialmente sua crença de autoeficácia, buscando amenizar a percepção de estressores. Tais políticas devem dialogar diretamente com as possíveis necessidades trazidas pelos estudantes negros.