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Abstract
O artigo problematiza os modos como as politicas educacionais contemporâneas, emanadas do estado brasileiro, instituem a qualidade da educacao via elevacao de resultados e governam condutas docentes. Por meio de uma pesquisa cartografica feita com professoras que atuam em escolas publicas do Estado do Rio Grande do Sul (RS, Brasil), situadas em municipios da regiao da Campanha Gaucha, propoem-se uma analise dos processos de recontextualizacao das politicas educacionais brasileiras, criadoras de um jogo biopolitico de responsabilizacao aos moldes empresariais, no qual cobra-se dos docentes o exito dos desempenhos estudantis nas avaliacoes nacionais a merce da precarizacao das condicoes de trabalho e de situacoes de adoecimento. Os relatos das professoras expoem os baixos salarios e a instabilidade do vinculo empregaticio que levam a sobrecarga de atividades em razao da necessidade de complementar a renda familiar, fatores conjugados ao controle do trabalho docente. Assim, sao fabricadas politicas ambiguas de profissionalizacao/desprofissionalizacao docente. Palavras-chave: Biopolitica. Politicas educacionais. Trabalho e saude docente.