{"title":"Humor e política na desconstrução dos super-heróis na América Latina durante a Guerra Fria: o olhar dos quadrinhos","authors":"I. Gomes","doi":"10.5965/2175180308182016040","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Midia associada ao cotidiano e entretenimento juvenil, as historias em quadrinhos (HQs) alcancaram plena consolidacao na America Latina durante os anos apos a 2a Guerra Mundial. Quando da Guerra Fria e da forte penetracao cultural dos Estados Unidos (EUA) na regiao, as HQs ja se encontravam presentes em jornais, nos quais, por vezes, eram publicadas em suplementos especificos, alem de serem editadas no formato revista por editoras especializadas. Em meio aos debates sobre as vantagens e desvantagens das HQs para a vida que ja mobilizavam aqueles envolvidos no mundo das HQs, a questao do imperialismo cultural tambem motivou criticos e a producao local a buscar redefinir os sentidos desta midia na America Latina. Uma das etapas passou pela efetiva defesa de uma “substituicao de importacoes” da producao estrangeira, focando na criacao local de quadrinhos que representassem a realidade nacional. Para tanto, era necessario desconstruir algumas das referencias dos comics, de forma a coloca-los em xeque perante sua comunidade de leitores. O presente artigo analisa tal processo a partir de dois estudos de caso: a cooperativa brasileira CETPA (Cooperativa Editora de Trabalhos de Porto Alegre) e a editora chilena Quimantu. Em ambas, o foco recaiu principalmente sobre os super-herois, mesclando parodia e critica politica ao problematizar a atuacao do super-heroi na America Latina. A partir das situacoes em analise, o artigo procura destacar tal etapa para o estabelecimento dos quadrinhos enquanto pratica cultural na regiao. Palavras-chave: Historia em Quadrinhos; Super-herois; America Latina – Historia.","PeriodicalId":42303,"journal":{"name":"Tempo e Argumento","volume":"8 1","pages":"40-67"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2016-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tempo e Argumento","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5965/2175180308182016040","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Midia associada ao cotidiano e entretenimento juvenil, as historias em quadrinhos (HQs) alcancaram plena consolidacao na America Latina durante os anos apos a 2a Guerra Mundial. Quando da Guerra Fria e da forte penetracao cultural dos Estados Unidos (EUA) na regiao, as HQs ja se encontravam presentes em jornais, nos quais, por vezes, eram publicadas em suplementos especificos, alem de serem editadas no formato revista por editoras especializadas. Em meio aos debates sobre as vantagens e desvantagens das HQs para a vida que ja mobilizavam aqueles envolvidos no mundo das HQs, a questao do imperialismo cultural tambem motivou criticos e a producao local a buscar redefinir os sentidos desta midia na America Latina. Uma das etapas passou pela efetiva defesa de uma “substituicao de importacoes” da producao estrangeira, focando na criacao local de quadrinhos que representassem a realidade nacional. Para tanto, era necessario desconstruir algumas das referencias dos comics, de forma a coloca-los em xeque perante sua comunidade de leitores. O presente artigo analisa tal processo a partir de dois estudos de caso: a cooperativa brasileira CETPA (Cooperativa Editora de Trabalhos de Porto Alegre) e a editora chilena Quimantu. Em ambas, o foco recaiu principalmente sobre os super-herois, mesclando parodia e critica politica ao problematizar a atuacao do super-heroi na America Latina. A partir das situacoes em analise, o artigo procura destacar tal etapa para o estabelecimento dos quadrinhos enquanto pratica cultural na regiao. Palavras-chave: Historia em Quadrinhos; Super-herois; America Latina – Historia.