Comportamento de porta-enxertos em área afetada pela morte súbita dos citros

Abstract

A morte súbita dos citros (MSC) tem causado o declínio e a morte de laranjeiras doces Citrus sinensis (L.) Osbeck] e das tangerineiras Cravo e Ponkan (C. reticulata Blanco) enxertadas em limoeiro Cravo (C. limonia Osbeck), limoeiro Volkameriano (C. volkameriana V. Tennore & Pasquale) e limoeiro Rugoso (C. jambhiri Lushington). As mesmas cultivares enxertadas nas tangerineiras Cleópatra (C. reshni hort. ex Tanaka) e Sunki [C. sunki (Hayata) hort. ex Tanaka], trifoliateiro [Poncirus trifoliata (L.) Rafinesque] e citrumeleiro Swingle (C. paradisi Macfadyen x P. trifoliata Rafinesque) são assintomáticas sendo estes porta-enxertos considerados tolerantes à MSC. Observada em plantas com dois anos de idade, sendo mais frequente naquelas com mais de cinco anos, presume-se seja causada por variantes do vírus da tristeza dos citros (CTV) e/ou pelo CSDaV (vírus associados à morte súbita dos citros) transmitidos por vetores aéreos e borbulhas, inclusive as obtidas de plantas assintomáticas. Este trabalho estudou a tolerância à MSC e à tristeza dos citros e as características do desenvolvimento de laranjeiras Valência [C. sinensis (L.) Osbeck] enxertadas em 12 porta-enxertos. Decorridos sete anos de instalação do experimento as plantas não apresentavam sintomas da MSC e da tristeza dos citros bem como não foram constatados sinais de incompatibilidade (pontuações de goma na linha da enxertia) nas combinações avaliadas. Os porta-enxertos não induziram alternância de produção. Os limoeiros Cravos Chapadão e Bishop e o limoeiro Rugoso Gomiri induziram as maiores produções de frutos no total das três primeiras e das cinco colheitas controladas sendo que, dentre eles, as maiores eficiências produtivas foram promovidas pelos limoeiros Cravos Chapadão e Bishop e a menor pelo limoeiro Rugoso Gomiri. Termos de indexação: laranjeira Valencia, limoeiro Cravo, citrumeleiro Swingle, tristeza, tolerância.