Proposta de Atividade de Campo em Geomorfologia para a Paisagem Semiárida do Nordeste Oriental do Brasil: um Guia Cognitivo-Interpretativo a partir das Geoformas
A. Corrêa, D. R. Lira, L. C. D. S. Cavalcanti, Riclaudio Silva Santos, G. P. Oliveira
{"title":"Proposta de Atividade de Campo em Geomorfologia para a Paisagem Semiárida do Nordeste Oriental do Brasil: um Guia Cognitivo-Interpretativo a partir das Geoformas","authors":"A. Corrêa, D. R. Lira, L. C. D. S. Cavalcanti, Riclaudio Silva Santos, G. P. Oliveira","doi":"10.36403/espacoaberto.2023.58334","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O ensino de geomorfologia necessita de ferramentas e instrumentos que auxiliem os estudantes a reconhecer a complexidade dos elementos que compõem a paisagem física. Para o ensino e a cartografia geomorfológica, a construção de listas contendo tipos de unidades morfológicas e suas ilustrações têm sido uma ferramenta clássica de identificação e fixação de conteúdo. O objetivo deste trabalho foi propor uma atividade de ensino/ levantamento mediada pela observação em campo de geoformas, com vistas a confrontar as tipologias de relevo aplicadas às unidades geomorfológicas para o setor norte-oriental do semiárido brasileiro, e apontar como a observação in loco, socializada entre grupos de aprendizes, favorece uma leitura mais complexa e realista da morfogênese. A atividade se pautou na construção de um itinerário de trabalho de campo, assistida por uma listagem-guia de acompanhamento dos pontos visitados na paisagem. Nesta foram identificadas 22 unidades morfológicas, ilustradas por modelos realistas criados em ambiente de Inteligência Artificial (IA). A formas foram escolhidas para representação na escala de 1:10.000, ou maior, adequada aos levantamentos geomorfológicos de detalhe. A etapa final propôs a construção de fichas interpretativas para os pontos de visita em campo, nas quais é possível confrontar as descrições oferecidas pela literatura e os modelos criados por IA com as narrativas e imagens reais da paisagem produzidas pelos aprendizes. Acredita-se que as atividades cognitivas-interpretativas, conduzidas em campo, pautadas pela percepção, identificação e partilha das variações e inadequações encontradas entre as propostas taxonômicas vigentes e a experiência de observação direta da paisagem constituem ferramentas didáticas facilitadoras do ensino-aprendizagem em geomorfologia","PeriodicalId":31749,"journal":{"name":"Espaco Aberto","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Espaco Aberto","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36403/espacoaberto.2023.58334","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O ensino de geomorfologia necessita de ferramentas e instrumentos que auxiliem os estudantes a reconhecer a complexidade dos elementos que compõem a paisagem física. Para o ensino e a cartografia geomorfológica, a construção de listas contendo tipos de unidades morfológicas e suas ilustrações têm sido uma ferramenta clássica de identificação e fixação de conteúdo. O objetivo deste trabalho foi propor uma atividade de ensino/ levantamento mediada pela observação em campo de geoformas, com vistas a confrontar as tipologias de relevo aplicadas às unidades geomorfológicas para o setor norte-oriental do semiárido brasileiro, e apontar como a observação in loco, socializada entre grupos de aprendizes, favorece uma leitura mais complexa e realista da morfogênese. A atividade se pautou na construção de um itinerário de trabalho de campo, assistida por uma listagem-guia de acompanhamento dos pontos visitados na paisagem. Nesta foram identificadas 22 unidades morfológicas, ilustradas por modelos realistas criados em ambiente de Inteligência Artificial (IA). A formas foram escolhidas para representação na escala de 1:10.000, ou maior, adequada aos levantamentos geomorfológicos de detalhe. A etapa final propôs a construção de fichas interpretativas para os pontos de visita em campo, nas quais é possível confrontar as descrições oferecidas pela literatura e os modelos criados por IA com as narrativas e imagens reais da paisagem produzidas pelos aprendizes. Acredita-se que as atividades cognitivas-interpretativas, conduzidas em campo, pautadas pela percepção, identificação e partilha das variações e inadequações encontradas entre as propostas taxonômicas vigentes e a experiência de observação direta da paisagem constituem ferramentas didáticas facilitadoras do ensino-aprendizagem em geomorfologia