{"title":"LITERATURAS DA AMÉFRICA LADINA: UM PERCURSO PELAS LITERATURAS DE AUTORIA NEGRA LATINO-AMERICANA","authors":"L. Ramos","doi":"10.29073/heranca.v5i2.565","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo propõe uma reflexão panorâmica das literaturas de autoria negra latino-americana publicadas nos séculos XIX, XX e XXI com base no conceito de amefricanidade idealizado pela antropóloga brasileira Lelia González na intenção de apresentar os diálogos afro-latino-americanos propostos pelas populações em diáspora forçada no processo colonial da América Latina de línguas francesa, espanhola e portuguesa. Começando com a pergunta elaborada pelo pesquisador Jerome Branche: quando, onde, por que e sob quais condições a escravidão e a opressão racial produziram uma consciência negra, serão apresentados, a partir da análise de romances e poemas, os conceitos de malungaje (Branche) e quilombismo (Nascimento) que, em conjunto com amefricanidade (González), confirmam redes de identificação afro-latino-americana, cujos diálogos têm vindo à tona com grande força nas universidades brasileiras devido ao ingresso e às reivindicações de alunas e alunos negras e negros, principalmente pelo sistema de cotas. Pretende-se, com esta reflexão, auxiliar o trabalho de professores universitários na formação de professores da educação básica brasileira que, através da obrigatoriedade das leis 10.639/03 e 11.645/11, devem trabalhar em sala de aula as culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas, contribuindo, assim, para a formação de cidadãos conscientes das desigualdades sociais que o projeto colonial impôs às populações não-europeias da América Latina.","PeriodicalId":53165,"journal":{"name":"Heranca","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.3000,"publicationDate":"2022-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Heranca","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29073/heranca.v5i2.565","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"HUMANITIES, MULTIDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo propõe uma reflexão panorâmica das literaturas de autoria negra latino-americana publicadas nos séculos XIX, XX e XXI com base no conceito de amefricanidade idealizado pela antropóloga brasileira Lelia González na intenção de apresentar os diálogos afro-latino-americanos propostos pelas populações em diáspora forçada no processo colonial da América Latina de línguas francesa, espanhola e portuguesa. Começando com a pergunta elaborada pelo pesquisador Jerome Branche: quando, onde, por que e sob quais condições a escravidão e a opressão racial produziram uma consciência negra, serão apresentados, a partir da análise de romances e poemas, os conceitos de malungaje (Branche) e quilombismo (Nascimento) que, em conjunto com amefricanidade (González), confirmam redes de identificação afro-latino-americana, cujos diálogos têm vindo à tona com grande força nas universidades brasileiras devido ao ingresso e às reivindicações de alunas e alunos negras e negros, principalmente pelo sistema de cotas. Pretende-se, com esta reflexão, auxiliar o trabalho de professores universitários na formação de professores da educação básica brasileira que, através da obrigatoriedade das leis 10.639/03 e 11.645/11, devem trabalhar em sala de aula as culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas, contribuindo, assim, para a formação de cidadãos conscientes das desigualdades sociais que o projeto colonial impôs às populações não-europeias da América Latina.