Vanessa Schweitzer dos Santos, Gabriel Grabowski, J. Schmitt
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Abstract
A Educação Ambiental (EA) deve ser inserida permanente e interdisciplinarmente nos currículos escolares, promovendo boas práticas ambientais aos estudantes. Quando estes vivenciam práticas ambientais, podem adquirir competências e criticidade para agirem adequadamente, no plano ambiental. Compreende-se que os docentes envolvidos nestes processos são fundamentais para o sucesso das atividades. Porém, muitas atividades de EA ocorrem de maneira descontextualizada, limitando-se a uma abordagem teórica ou pontual dos temas ambientais. É importante verificar a maneira como a EA acontece, especialmente no ensino público, avaliando suas práticas e resultados para as comunidades escolares. Este estudo verificou a EA realizada na Rede Municipal Ensino de Novo Hamburgo/Brasil, com questionários e entrevistas aplicados à professores. Nesta rede pública há um grupo docente em formação permanente em EA, denominado Coletivo Educador Ambiental. As práticas educativas mais frequentes são associadas aos resíduos, ao cultivo de hortas e a interação entre estudantes e natureza. Essas ações possuem boa aceitação da comunidade e resultam em melhorias no ambiente escolar. Observaram-se algumas atividades que resultam na solução de problemas ambientais das comunidades envolvidas. No entanto, a maioria das ações realizadas limitam-se à propostas de conscientização ou sensibilização, importantes para a área, porém incipientes sob o ponto de vista da resolução de problemas ambientais locais. Percebe-se a necessidade de maior aprofundamento teórico e reflexivo nestas formações, de modo que se compreenda e aborde a temática ambiental em toda sua amplitude. A organização destas atividades sob a forma de Rede de Ensino, por meio do Coletivo Educador Ambiental, pode ser um modelo para o desenvolvimento da EA nas redes públicas de ensino.