{"title":"Inovação e mudança na formação de professores: reflexões sobre o processo de autonomia e flexibilização curricular em duas escolas da região de Lisboa","authors":"E. Estrela, Maria Manuel Calvet Ricardo","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle50.10","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Num contexto de uma sociedade individualizada e tecnológica, com novos e contraditórios mandatos dirigidos à escola, assistimos a uma tendência universal de introdução de sistemas de inovação curricular, com claras consequências para o sentido e o exercício da profissão docente. Inscritos no conceito de Ciência Pública, que assume o conhecimento socialmente enraizado e compartilhado como aquele que pode permitir o desenvolvimento, individual e coletivo, o estudo e a reflexão apresentada recaem sobre os resultados recolhidos junto dos docentes de dois agrupamentos escolares que aderiram ao Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC). No quadro de uma investigação qualitativa, foram utilizados três instrumentos para a recolha de dados – documentos, questionários e observação participante – com o objetivo de identificar o processo de inovação definido em cada agrupamento escolar, bem como as conceções que subjazem à prática docente dos formandos, nomeadamente aquelas que estão no centro do processo de inovação e mudança em que participavam: currículo, professor e aluno. Os resultados apontam para a manutenção de conceções tradicionais de currículo, professor e aluno, assumindo em relação aos últimos uma representação pouco positiva, o que parece limitar e dificultar os processos de inovação a que as suas escolas aderiram. Simultaneamente, também não existe o desenvolvimento de políticas educativas integradas potenciadoras de transformação na sala de aula.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Lusofona de Educacao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle50.10","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Num contexto de uma sociedade individualizada e tecnológica, com novos e contraditórios mandatos dirigidos à escola, assistimos a uma tendência universal de introdução de sistemas de inovação curricular, com claras consequências para o sentido e o exercício da profissão docente. Inscritos no conceito de Ciência Pública, que assume o conhecimento socialmente enraizado e compartilhado como aquele que pode permitir o desenvolvimento, individual e coletivo, o estudo e a reflexão apresentada recaem sobre os resultados recolhidos junto dos docentes de dois agrupamentos escolares que aderiram ao Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC). No quadro de uma investigação qualitativa, foram utilizados três instrumentos para a recolha de dados – documentos, questionários e observação participante – com o objetivo de identificar o processo de inovação definido em cada agrupamento escolar, bem como as conceções que subjazem à prática docente dos formandos, nomeadamente aquelas que estão no centro do processo de inovação e mudança em que participavam: currículo, professor e aluno. Os resultados apontam para a manutenção de conceções tradicionais de currículo, professor e aluno, assumindo em relação aos últimos uma representação pouco positiva, o que parece limitar e dificultar os processos de inovação a que as suas escolas aderiram. Simultaneamente, também não existe o desenvolvimento de políticas educativas integradas potenciadoras de transformação na sala de aula.