Shirlei Alexandra Fetter, Denise Regina Quaresma da Silva
{"title":"GESTÃO DO PEDAGÓGICO PARA A EMANCIPAÇÃO DA DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA","authors":"Shirlei Alexandra Fetter, Denise Regina Quaresma da Silva","doi":"10.24882/eemd.v44i87.81178","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta como temática a gestão pedagógica sobre as questões de diversidade sexual. Sobre o tema apresentado, encontra-se como problemática a dificuldade da/do docente em tematizar a diversidade sexual enquanto prática pedagógica emancipatória. Assim, o estudo se justifica não unicamente pela escolha teórica, mas pelo termo diversidade sexual. Busca-se, assim, tratar de um posicionamento pedagógico, porque sua ausência se reflete na resistência docente em gerir a temática no ensino básico, evidenciando, desse modo, a importância de discuti-la nas escolas. Dessa forma, o objetivo deste estudo é explorar os conceitos sobre a gestão pedagógica e a diversidade sexual no contexto escolar. Esse processo exige da gestão pedagógica um amplo esforço de organização dos recursos materiais e humanos, os quais são componentes fundamentais. Caracteriza-se, ademais, por ideias, concepções e representações desconstrutivas das práticas pedagógicas tradicionais. Predominantemente, os conceitos teóricos estão fundamentados em Louro (1997, 1999, 2001), a qual propõe o rompimento do pensamento conservador, tanto da escola como da prática docente. Constitui-se ainda com argumentos de Freire (1996) para validar o pertencimento, o respeito e a autonomia do educando. A metodologia está baseada no estudo qualitativo, o qual segue os conceitos de Lüdke e André (1986). Por conta da abordagem, desconsidera-se a quantidade. Como resultado, percebe-se o predomínio do conservadorismo, que repercute na negação ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e na naturalização da homofobia, prevalecendo os mecanismos dominantes da heteronormatividade. Para aprofundar essa discussão, dialoga-se com os demais autores. Conclui-se o estudo considerando ser necessário ao docente gerir as práticas pedagógicas, isto é, práticas inerentes à atividade docente. A escola é o espaço de referência à emancipação e à libertação; porém, esta também é o lugar da resistência e da negação à identidade sexual e de gênero dos educandos.","PeriodicalId":32429,"journal":{"name":"Revista Educacao em Debate","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Educacao em Debate","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24882/eemd.v44i87.81178","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente artigo apresenta como temática a gestão pedagógica sobre as questões de diversidade sexual. Sobre o tema apresentado, encontra-se como problemática a dificuldade da/do docente em tematizar a diversidade sexual enquanto prática pedagógica emancipatória. Assim, o estudo se justifica não unicamente pela escolha teórica, mas pelo termo diversidade sexual. Busca-se, assim, tratar de um posicionamento pedagógico, porque sua ausência se reflete na resistência docente em gerir a temática no ensino básico, evidenciando, desse modo, a importância de discuti-la nas escolas. Dessa forma, o objetivo deste estudo é explorar os conceitos sobre a gestão pedagógica e a diversidade sexual no contexto escolar. Esse processo exige da gestão pedagógica um amplo esforço de organização dos recursos materiais e humanos, os quais são componentes fundamentais. Caracteriza-se, ademais, por ideias, concepções e representações desconstrutivas das práticas pedagógicas tradicionais. Predominantemente, os conceitos teóricos estão fundamentados em Louro (1997, 1999, 2001), a qual propõe o rompimento do pensamento conservador, tanto da escola como da prática docente. Constitui-se ainda com argumentos de Freire (1996) para validar o pertencimento, o respeito e a autonomia do educando. A metodologia está baseada no estudo qualitativo, o qual segue os conceitos de Lüdke e André (1986). Por conta da abordagem, desconsidera-se a quantidade. Como resultado, percebe-se o predomínio do conservadorismo, que repercute na negação ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e na naturalização da homofobia, prevalecendo os mecanismos dominantes da heteronormatividade. Para aprofundar essa discussão, dialoga-se com os demais autores. Conclui-se o estudo considerando ser necessário ao docente gerir as práticas pedagógicas, isto é, práticas inerentes à atividade docente. A escola é o espaço de referência à emancipação e à libertação; porém, esta também é o lugar da resistência e da negação à identidade sexual e de gênero dos educandos.