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Abstract
Em Santa Catarina e, particularmente, na região sul do estado, o discurso do imigrante europeu “pioneiro” vem sendo difundido desde o limiar do século XX, e esse discurso está fortemente enraizado no senso comum das populações dos municípios; está consolidado nos monumentos das praças públicas, nos nomes de ruas e avenidas; na historiografia local-regional produzida por descendentes de italianos e alemães, principalmente, e também nos museus de história dos municípios. Mas há uma “pedra” sempre incômoda no discurso de memória do “imigrante pioneiro”: a necessidade de informar o lugar do povo indígena que ocupava o território que foi doado pelo governo catarinense para o empreendimento da imigraçãocolonização na segunda metade do século XIX; e é nesse cenário de conflito de memória que emerge a seguinte problematização: levando-se em consideração a evolução das pesquisas e do conhecimento histórico produzidos nas últimas décadas, assim como as diretrizes da Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira na educação básica, como os povos originários estão representados nos museus municipais da região sul de Santa Catarina? Este estudo tem o objetivo de mostrar e problematizar as representações dos imigrantes europeus e do povo Xokleng nos museus de história dos municípios de Urussanga, Orleans e Lauro Müller. Entre os aspectos conclusivos, destaca-se a necessidade de revisão e atualização dos museus municipais, podendo-se viabilizar um diálogo pedagógico com universidades ou com profissionais das áreas de educação, história, arqueologia, antropologia e/ou museologia.