Marília Cordeiro Pinheiro, André Ricardo Moncaico Zanon, José Alves Dantas, Bruno Vinícius Ramos Fernandes
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Abstract
Objetivo: Avaliar a eficácia da utilização de contratos futuros de commodities como mecanismo de otimização das carteiras de investimentos.Fundamento: O estudo apoia-se na teoria de diversificação do portfólio, com a premissa de que os investidores são avessos ao risco e com isso elaboram carteiras tangentes à fronteira de eficiência, com maior retorno esperado para determinado nível de risco.Método: Foram compostas carteiras com contratos futuros de commodities e elaboradas cinco estratégias de investimentos com e sem esses contratos, utilizando os retornos esperados e a matriz de covariância para calcular os pesos dos ativos nas carteiras. A análise contempla o período de 2011-2016 e os subperíodos de 2011-2013 e 2014-2016, caracterizados, respectivamente, por expansão e contração econômica.Resultados: Os testes empíricos revelaram que (i) os portfólios com contratos futuros oferecem potencial de diversificação para carteiras compostas majoritariamente pelo mercado de ações (ii) apenas carteiras com contratos vendidos de café tocaram a zona de eficiência, de forma que os contratos de boi e milho não mostraram evidências de contribuição para otimização. (iii) carteiras compostas majoritariamente pelo IFIX, IAM-B, dólar e CDI foram as composições mais eficientes devido a particularidades do mercado de capital brasileiro, como alta taxa de juros, ambiente inflacionário e depreciação cambial durante o período.Contribuições: Os resultados do estudo (i) fornecem perspectiva sobre o uso dos contratos futuros de commodities para reduzir ou não os riscos de portfólios de investimentos; (ii) destacam que esses resultados podem ser distintos em momentos de expansão ou retração econômica; (iii) corroboram estudos anteriores sobre o uso de contratos futuros de commodities para otimização de carteiras de ações, porém se diferenciando quando levada essa análise para ativos imobiliários e títulos de renda fixa.