{"title":"Fonoaudiologia e Saúde Mental:","authors":"Fernanda Fudissaku","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i2e58860","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O Sistema Único de Saúde foi consolidado a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. Nas décadas de 70 e 80, o fonoaudiólogo começa a ser inserido nos serviços públicos, movimento que ganha força após a consolidação do SUS. O fonoaudiólogo é inserido no campo da Saúde Mental na década de 90, quando é instituída sua presença nas equipes multiprofissionais de ambulatórios especializados, e em 2002 na composição da equipe de Centros de Atenção Psicossocial infanto-juvenil. Desse modo, a atuação do fonoaudiólogo no campo da Saúde Mental é ainda “novidade” e pouco discutida no âmbito da Fonoaudiologia. Objetivo: refletir sobre o lugar do fonoaudiólogo na Saúde Mental no campo da Saúde Coletiva. A partir da questão: quais os passos e impasses para solidificar o lugar do fonoaudiólogo nos serviços da Atenção Psicossocial Especializada? Método: revisão bibliográfica não-sistemática. A seleção dos artigos foi realizada através de busca automática nas seguintes bases de dados: SCIELO, LILACS e PUBMED. Discussão: ao serem inseridos em um serviço do Sistema Único de Saúde da Rede de Atenção Psicossocial, os fonoaudiólogos se deparam com os preceitos da Reforma Psiquiátrica, que apontam um outro modo de clinicar, o que faz necessária uma mudança em seu fazer. Considerações finais: Para solidificar o lugar do fonoaudiólogo no campo da Saúde Mental é preciso subverter a lógica de cuidado e estabelecer o raciocínio da clínica da Atenção Psicossocial e preceitos da Reforma Psiquiátrica. A especificidade do fonoaudiólogo neste campo se dá através de uma teorização consistente sobre linguagem/comunicação que o autoriza a assumir uma posição frente aos sujeitos em sofrimento psíquico.","PeriodicalId":32500,"journal":{"name":"Disturbios da Comunicacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Disturbios da Comunicacao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i2e58860","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: O Sistema Único de Saúde foi consolidado a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. Nas décadas de 70 e 80, o fonoaudiólogo começa a ser inserido nos serviços públicos, movimento que ganha força após a consolidação do SUS. O fonoaudiólogo é inserido no campo da Saúde Mental na década de 90, quando é instituída sua presença nas equipes multiprofissionais de ambulatórios especializados, e em 2002 na composição da equipe de Centros de Atenção Psicossocial infanto-juvenil. Desse modo, a atuação do fonoaudiólogo no campo da Saúde Mental é ainda “novidade” e pouco discutida no âmbito da Fonoaudiologia. Objetivo: refletir sobre o lugar do fonoaudiólogo na Saúde Mental no campo da Saúde Coletiva. A partir da questão: quais os passos e impasses para solidificar o lugar do fonoaudiólogo nos serviços da Atenção Psicossocial Especializada? Método: revisão bibliográfica não-sistemática. A seleção dos artigos foi realizada através de busca automática nas seguintes bases de dados: SCIELO, LILACS e PUBMED. Discussão: ao serem inseridos em um serviço do Sistema Único de Saúde da Rede de Atenção Psicossocial, os fonoaudiólogos se deparam com os preceitos da Reforma Psiquiátrica, que apontam um outro modo de clinicar, o que faz necessária uma mudança em seu fazer. Considerações finais: Para solidificar o lugar do fonoaudiólogo no campo da Saúde Mental é preciso subverter a lógica de cuidado e estabelecer o raciocínio da clínica da Atenção Psicossocial e preceitos da Reforma Psiquiátrica. A especificidade do fonoaudiólogo neste campo se dá através de uma teorização consistente sobre linguagem/comunicação que o autoriza a assumir uma posição frente aos sujeitos em sofrimento psíquico.