Brunna Santana Coutinho, Gabriel Trevizani Depolli, L. Bassan
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Abstract
Introdução: A necessidade de modificar a concepção da sociedade com relação aos sujeitos com transtorno mental e reinseri-los em espaços sociais fica cada dia mais evidente, principalmente quando passam a viver em uma instituição de longa permanência (ILP). Objetivo: Caracterizar diferentes formas pelas quais indivíduos moradores de uma ILP se comunicam, expressando a sua singularidade através da mediação da linguagem oral e escrita durante a realização de oficinas. Métodos: Estudo qualitativo descritivo. Utilizou-se o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para rastreio inicial e realizaram-se oficinas de linguagem oral e escrita com os residentes de uma ILP. Os dados foram registrados em um diário de campo e categorizados e exemplificados com os registros realizados. Resultados: Foram realizadas 25 oficinas, em que se buscaram as possibilidades de comunicação entre os participantes através da linguagem oral e escrita, com ênfase na estimulação das habilidades cognitivas de atenção e memória. Extraiu-se fatos que permitiram dividi-las em seis categorias, demonstrando que os sujeitos com transtorno mental podem se comunicar de diferentes formas, serem entendidos e pertencentes ao espaço que estão inseridos, proporcionando uma construção coletiva de saberes, conhecimentos e vivências. Conclusões: Através da comunicação, é possível desenvolver o cognitivo, o social e a linguagem oral, contribuindo com a melhora da qualidade de vida, valoração dos envolvidos como sujeitos sociais e históricos. Na atuação multi e interdisciplinar em ILP para pessoas adultas com transtornos mentais, a Fonoaudiologia encontra formas favoráveis para o trabalho acerca dos aspectos cognitivos e linguísticos dos sujeitos em questão.