Luan W. R. Maia, Juliana Campos Pinheiro, Everton Freitas de Morais, C. A. G. Barboza, Bruno T. Bezerra, Rafaella Bastos Leite
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Abstract
O objetivo desse estudo foi determinar o perfil epidemiológico de 115 pacientes portadores de fissura labiopalatal atendidos na SEAFESE (Sociedade Especializada em Atendimento ao Fissurado do Estado de Sergipe), em dois períodos distintos (Janeiro-Setembro de 2010/Janeiro-Setembro de 2015). Foram avaliados dados epidemiológicos como gênero, faixa etária, raça, procedência, renda familiar, hereditariedade, realização do exame pré-natal, presença de malformações congênitas, intercorrências durante a gestação, utilização de drogas e/ou medicamentos durante a gestação, condições de sanitarismo, contato com herbicidas e agrotóxicos, tipos de fissura e tratamento. O gênero feminino teve maior prevalência dos casos, com cerca de 55%, faixa etária predominante 0-4 anos (39%), a raça parda foi a mais encontrada (48%), sendo a maioria dos pacientes proveniente do interior do Estado (54%). Grande parte dos pacientes apresentava baixa condição socioeconômica e o fator hereditariedade teve peso de 63%. As más formações encontradas durante o estudo foram: surdez do ouvido esquerdo, autismo, alteração neurológica, ausência de 2 dedos pés/mãos, seis dedos nos pés, hidrocefalia, agenesia de antebraço e Síndrome de Appert. Apesar do alto índice de mães que realizaram o pré-natal, poucas foram comunicadas sobre a fissura durante a ultrassonografia. A frequência de tabagismo, exposição a herbicidas e agrotóxicos, consumo de ansiolíticos ou anticonvulsivantes foi baixa entre as mães. A fissura mais encontrada nos pacientes entrevistados foi a trans-forame incisivo.