Luiz Felipe Kopper da Silva, Máximo Daniel Lamela Adó
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Abstract
Este texto problematiza as possibilidades inventivas envolvidas numa aula (entendida aqui como inseparável da produção de pensamento) sob as condições restritivas impostas pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Parte do pressuposto de que para que o pensamento aconteça é fundamental seu contato com as forças do que Deleuze (2005), Foucault (2006) e Blanchot (2011) chamaram de Fora. Por isso propõe um procedimento poético assentado numa espécie de máquina de leitura e de tradução como possibilidade de contato com tais forças. E, como base, como possibilidade dessa invenção em educação, elege um tipo de leitura que falseia os materiais com que se depara e que, num certo sentido, desrespeita-os. Defende a ideia de que tal movimento, em condições de enclausuramento, só se torna possível porque o dentro é constituído pela dobra do Fora sobre si. Em tais condições, a invenção de uma aula teria então de virar pelo avesso essa dobra e produzir algo como uma linguagem para aquilo que ainda não sabemos.